Expectativa versus realidade: o que o 5G realmente oferece aos usuários

O 5G promete transferência de dados até 100 vezes mais rápida que o 4G, baixa latência, maior capacidade de rede e suporte a aplicações críticas. No entanto, em alguns casos, ele nem sempre é melhor que seu irmão mais velho.

Estudo realizado por pesquisadores liderados pela Northeastern University, em Boston, identificou que seus benefícios nem sempre significam uma experiência melhor para os usuários.

5G promete velocidades muito superiores ao 4G, baixa latência e maior capacidade de rede, mas isso nem sempre reflete a realidade vivida pelos usuários. Imagem: Pexels)

Realidade é diferente do que o marketing das operadoras afirma

Com informações coletadas em oito cidades na América do Norte e Europa – Berlim, Turim, Oslo, Porto, Madri, Vancouver, Boston e São Francisco – os pesquisadores identificaram resultados bem diferentes.

“Enquanto algumas redes oferecem desempenho de uplink 5G, outras apresentam pouca ou nenhuma melhoria em comparação com o LTE”, explica Imran Khan, pesquisador na Northeastern University, em nota enviada ao EurekAlert!.

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O estudo combinou medidas coletadas em grandes áreas com testes controlados usando ondas milimétricas, o que ajudou os pesquisadores a obterem uma visão completa e detalhada dos resultados.

A implantação do 5G nas principais cidades se estabilizou, mas isso não se traduziu em vantagens consistentes de latência em relação ao 4G/LTE. A realidade é mais variada do que o marketing sugere.

Claudio Fiorino, professor da IMDEA Networks e coautor do estudo, em nota.

Apesar das operadoras já estarem se preocupando com o 6G, usuários ainda observam problemas com o desempenho do 5G. Imagem: FrankHH/Shutterstock

Mas isso tem mais a ver com decisões das operadoras em relação à faixa de espectro, densidade de implantação e infraestrutura de nuvem, do que com a tecnologia em si, explica o professor.

E o que isso significa para o usuário?

Apesar das operadoras já estarem se preocupando com a próxima geração, o 6G, os usuários ainda observam problemas com o desempenho do 5G quando comparado ao 4G, principalmente em relação à latência e confiabilidade.

O estudo demonstrou que a experiência real depende de vários fatores: operadora, localização e qualidade das células 5G, causando impactos para os usuários.

  • A experiência do usuário depende de onde ele está e de qual operadora está usando; nem todas as células 5G entregam a mesma qualidade.
  • Aplicações que exigem alta rapidez (como jogos online ou cirurgias remotas) devem ser avaliadas com medições reais, não apenas com base na tecnologia 5G.
  • Usuários podem ter frustração se a promessa de alta velocidade ou baixa latência não for cumprida.
  • Grandes cidades podem ter 5G maduro, mas áreas fora dos centros urbanos ainda podem apresentar confiabilidade e desempenho limitados.

Portanto, a maturidade é condicional: implantado, sim; desempenho consistentemente superior, ainda não.

Claudio Fiorino, professor da IMDEA Networks e coautor do estudo, em nota.

Operadoras precisam agir para garantir que os investimentos na tecnologia 5G realmente tragam benefícios para os usuários. Imagem: fizkes / Shutterstock

A solução para os pesquisadores é garantir que políticas e investimentos priorizem resultados práticos e confiáveis, garantindo que os usuários realmente percebam os benefícios do 5G antes de migrar para gerações futuras (6G).

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