O físico amador e youtuber Steve Mould, conhecido por seu experimento chamado “The chain fountain” (que pode ser traduzido para “A fonte de corrente”), teve a oportunidade de testar sua ideia em microgravidade com a ajuda do astronauta Don Pettit na Estação Espacial Internacional.
Essa fonte acontece quando uma pessoa experimenta jogar uma corrente longa que está armazenada em um recipiente. Ao invés de essas miçangas escorrerem pela borda do pote, a corrente salta no ar antes de cair, lembrando aquelas fontes de água de parque.
Com aparência quase mágica, esse efeito também foi chamado de “Mould effect” em homenagem ao youtuber, tornando-se um experimento viral. O vídeo original já acumula mais de 2,6 milhões de visualizações no YouTube:
O que é o “Mould Effect”?
Estudos sugerem que a forma da corrente, com seu limite máximo de curvatura, provoca forças internas que empurram os elos para cima. Quando uma extremidade é puxada, a parte que já está em movimento faz com que a outra extremidade bata na pilha de elos, gerando uma reação que ergue a corrente, conforme informações do portal IFLScience.

Mould realizou experimentos comparativos com o colega Mehdi Sadaghdar, do canal ElectroBOOM, e chegou a ser considerado correto em suas explicações. A teoria é simples: a corrente se eleva devido a uma força adicional vinda do recipiente, capaz de superar seu próprio peso. O fenômeno, embora visualmente surpreendente, segue regras físicas bem definidas.
Testes na Estação Espacial Internacional
Para testar se a gravidade era essencial para o efeito, Mould precisou de microgravidade. Foi aí que Pettit entrou em cena. O astronauta realizou testes na ISS, puxando correntes e observando se elas mantinham sua forma ou se se deformavam, colocando à prova a ideia de que a corrente flui naturalmente através de seu próprio contorno.

O experimento exigiu ajustes, já que as correntes flutuavam como moléculas, tornando difícil controlá-las. A solução encontrada foi formar um loop retangular e movimentar as extremidades, verificando se a corrente seguiria a forma original. Os primeiros resultados sugeriram que a teoria de Mould se mantinha, mesmo sem gravidade.
Resultados do teste com a corrente
A demonstração na ISS não foi definitiva, mas trouxe evidências significativas de que a corrente se comporta como previsto. Segundo Pettit, a experiência mostrou que, apesar da microgravidade, os movimentos da corrente obedecem às interações internas previstas pelos modelos matemáticos.
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Sadaghdar comentou que a experiência foi esclarecedora, destacando que a corrente manteve o caminho esperado dentro do loop. Ele sugeriu que testes futuros poderiam usar uma corrente muito maior em uma caminhada espacial para observar completamente o fenômeno sem interferências externas.
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