As substâncias perfluoroalquiladas (PFAS) são comumente usadas em diversos itens de consumo, como móveis e embalagens de alimentos. Nos últimos anos, diversas pesquisas identificaram a presença delas em fontes de água potável, por exemplo.
Mais conhecidos como “químicos eternos”, por serem difíceis de degradar, eles podem gerar uma série de efeitos negativos na saúde dos animais, e também nos humanos. Mas uma nova descoberta pode ajudar a combater este problema.

Riscos dos produtos químicos ‘eternos’
- Produtos com substâncias perfluoroalquiladas (PFAS) são conhecidos como “químicos eternos” por sua dificuldade de degradação.
- Eles estão amplamente presentes em itens do dia a dia, desde frigideiras antiaderentes até sofás resistentes a manchas.
- Os PFAS são usados desde a década de 1950 devido às suas propriedades únicas, como repelência à água e ao óleo e sua resistência a altas temperaturas.
- Com cerca de 15 mil variantes, esses químicos não se degradam facilmente e acumulam-se no meio ambiente e nos organismos vivos, persistindo por décadas.
- Nos últimos anos, diversos estudos mostraram que estes produtos estão cada vez mais presentes na água, no solo e no ar, com níveis preocupantes identificados na água potável e água da chuva e até no cocô de cachorro e no leite materno.
- Os PFAS estão ligados a uma série de efeitos negativos à saúde, incluindo danos ao fígado, doenças da tireoide, obesidade, problemas de fertilidade e câncer.
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Cientistas conseguiram ‘quebrar’ substância
No novo trabalho, cientistas da Universidade de Adelaide, na Austrália, desenvolveram um método para quebrar as substâncias. Esse processo sempre foi considerado possível, mas as tecnologias disponíveis nunca haviam conseguido resultados positivos.
A ideia era usar materiais chamados fotocatalisadores, que absorvem a luz incidente para acelerar as reações químicas. A escolha da equipe foi o sulfeto de índio cádmio, conhecido por sua capacidade de liberar radicais livres de oxigênio após exposição à luz visível.

Depois de misturar o material com um PFAS chamado perfluorooctanossulfonato (PFOS), os pesquisadores observaram a quebra completa de cerca de 99% das moléculas da substância. Entre os subprodutos formados está o flúor, que é inofensivo em doses baixas. As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Small.
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