Um artigo apontou que um asteroide, chamado 1998 OR2, foi identificado como uma fonte potencial de meteoritos escurecidos por choque. Esse objeto, localizado no cinturão de asteroides, próximo à Terra, tem cerca de 2,4 quilômetros de largura e se aproximou da Terra em abril de 2020.
De acordo com o principal autor do estudo, Adam Battle, “o escurecimento do choque é um processo de alteração causado quando algo impacta um corpo planetário com força suficiente para que as temperaturas derretam parcial ou totalmente essas rochas e, assim, alterem sua aparência tanto para o olho humano quanto em nossos dados”.
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Battle complementa o raciocínio ao alegar que “este processo foi visto em meteoritos muitas vezes, mas só foi visto em asteroides em um ou dois casos no cinturão principal de asteroides, que é encontrado entre Marte e Júpiter.”
O coautor do estudo Vishnu Reddy declarou que os “impactos são muito comuns em asteroides e em qualquer corpo sólido no Sistema Solar porque vemos crateras de impacto nesses objetos a partir de imagens de naves espaciais”. Reddy alega que “encontrar um meteorito oriundo desses asteroides na Terra é bem raro”.
Para realizar esse estudo, Battle e Reddy usaram o sistema RAPTORS, um telescópio localizado no topo do edifício Kuiper Space Sciences, para coletar dados sobre a composição superficial de 1998 OR2. Com esses dados, eles conseguiram determinar que ele parecia um asteroide condrito comum, ou seja, compostos por minerais como olivina e piroxeno. Entretanto, quando a equipe executou os dados, a ferramenta de classificação sugeriu que o asteroide era, em vez disso, um asteroide carbonáceo, caracteristicamente escuro e sem maiores informações.
Incompatibilidade de informações do meteoro
Surpreso com a incompatibilidade, Battle decidiu ir mais a fundo na investigação. Uma possível causa para a discrepância poderia ser o clima espacial, no qual a exposição ao ambiente espacial causa alterações na superfície do asteroide. Entretanto, se esse fosse o caso, o asteroide pareceria ser ligeiramente mais vermelho em cores do que é.
Em 2013, quando a bola de fogo sobre a Rússia produziu meteoritos com características escurecidas, o interesse dos pesquisadores ficou ainda mais acentuado. Com essa descoberta, juntamente com os dados prévios, Reddy logo descobriu que há asteroides escurecidos no cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter.
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