Game Pass faz desenvolvedores serem ‘escravos’ e jogos deveriam ficar mais caros, diz ex-chefe da PlayStation

Chegamos ao Checkpoint de quinta-feira, 14 de agosto, com aquele resumão esperto das principais notícias do mundo dos games — e sim, este post vai sendo atualizado ao longo do dia, então vale deixar aberto no navegador para não perder nada. Entre novidades, anúncios e até umas declarações polêmicas, o dia promete.

O grande destaque vai para as falas polêmicas de Shawn Layden, ex-chefão da PlayStation, que decidiu abrir o jogo sobre a indústria, e para o beta gratuito de Battlefield 6, que promete colocar muita gente na linha de frente antes do lançamento oficial. E como sempre, prepare-se para ver atualizações quentinhas pintando aqui conforme novas informações surgirem.

Confira também as outras edições da semana:

Game Pass faz desenvolvedores serem “escravos assalariados”, diz ex-PlayStation

Shawn Layden, ex-chefe da Sony Worldwide Studios, criticou duramente o modelo do Game Pass em entrevista ao site GamesIndustry.biz. Para o veterano da indústria, o serviço de assinatura da Microsoft não cria valor real para os estúdios e acaba transformando desenvolvedores em “escravos assalariados”. Ele afirma que a questão não é se o modelo é lucrativo para a empresa, mas se é saudável para quem cria os jogos.

“Você pode fazer todo tipo de malabarismo financeiro para qualquer tipo de serviço corporativo para fazê-lo parecer lucrativo, se quiser. Você tira custos suficientes, diz que isso está fora do balanço e, veja só, agora é lucrativo. A verdadeira questão para mim em coisas como o Game Pass é: ele é saudável para o desenvolvedor?”, questiona o executivo.

 

Segundo Layden, o sistema funciona mais como um pagamento fixo por hora ou projeto, sem incentivar a geração de receita adicional a partir do sucesso do game. “Você me paga X dólares por hora, eu faço o jogo e você coloca nos seus servidores”, comparou. Para ele, isso não é inspirador para os criadores e não ajuda a promover um mercado mais saudável para o desenvolvimento de novos títulos.

Jogos deveriam ficar mais caros a cada geração, diz ex-chefe da PlayStation

Na mesma entrevista em que criticou o modelo do Game Pass, Shawn Layden também afirmou que os preços dos jogos deveriam ter aumentado a cada nova geração de consoles. Para o ex-chefe da PlayStation nos Estados Unidos, o valor de US$ 60 permaneceu praticamente inalterado por cerca de 20 anos, mesmo com a disparada nos custos de produção e a inflação. 

Segundo ele, essa estagnação levou as empresas a reduzirem margens de lucro, já que orçamentos que antes eram de US$ 10 milhões agora ultrapassam US$ 200 milhões. Layden defende que a indústria evitou elevar os preços por medo de perder público, optando por compensar com microtransações, DLCs e edições de luxo. 

Shawn Layden, Phil Spencer e Reggie Fils-Aime no The Game Awards 2018.

Embora a atual geração já tenha visto alguns lançamentos a US$ 80, como Mario Kart World no Switch 2, ele aponta que nem todos os aumentos foram bem-sucedidos, citando o caso de The Outer Worlds 2, que teve seu preço reduzido para US$ 70 após reação negativa do mercado. Para o executivo, o setor chegou a um ponto crítico: ou os valores acompanham a escalada dos custos, ou a viabilidade de grandes produções será cada vez mais ameaçada. E aí, você concorda com a afirmação?

Beta de Battlefield 6 já está disponível de graça com novos mapas

Para quem não aguenta mais jogos caros, é possível jogar um grande lançamento de graça agora mesmo: A EA e a Battlefield Studios abriram as portas para mais um fim de semana de caos controlado com o segundo beta gratuito de Battlefield 6

Depois de uma estreia explosiva que bateu o recorde de pico de jogadores no Steam, o “Weekend 2 Beta” está disponível entre hoje (14) e 17 de agosto, oferecendo quase 100 horas de tiroteios, explosões e partidas épicas — tudo sem precisar de pré-venda para participar.

Além de trazer de volta todo o conteúdo da primeira fase, como os mapas Siege of Cairo e Liberation Peak, a nova rodada adiciona o inédito Empire State e modos como Rush, Closed Weapon Conquest e Squad Deathmatch. Para entrar na ação, basta escolher sua plataforma e baixar o beta sem custos.

Publisher de Kong: Skull Island anuncia novo jogo de Velozes e Furiosos

A GameMill Entertainment, conhecida pelo terrível jogo Kong: Skull Island, revelou que vai trazer Fast & Furious: Arcade Edition para consoles em 24 de outubro. O jogo é uma adaptação do arcade lançado em 2022 pela Raw Thrills e contará com versões para PS5, Xbox Series X/S e Nintendo Switch. 

Com modos para um jogador e multiplayer local em tela dividida, o game mantém o espírito “pé na tábua” da franquia, incluindo missões insanas como interceptar mísseis nos Alpes Suíços ou impedir a decolagem de um avião em Hong Kong. Vamos torcer para o título entregar diversão e não ser um fracasso.

Diretor de Marvel Rivals comenta polêmica sobre skins “sexys” no jogo

O diretor de Marvel Rivals, Guangyun “Guangguang” Chen, se pronunciou sobre as críticas envolvendo as skins mais reveladoras do game. Em entrevista ao site Rivals Assembled, ele explicou que muitas das roupas, como a “Vengeance” da Psylocke ou o visual da Mantis, são inspiradas em designs clássicos dos quadrinhos, com adaptações para um estilo mais moderno. 

Segundo ele, o objetivo é agradar os jogadores e celebrar a estética original das HQs, e não apenas criar apelo visual gratuito. Guangguang também citou skins como a da Squirrel Girl e a do evento Krakoa Resort, afirmando que elas são desenvolvidas com base em temas reais e conectadas às histórias da temporada. Para ele, esse equilíbrio entre narrativa, referências dos quadrinhos e elementos da vida real ajuda a manter a identidade do jogo.

E aí, o que está achando do resumão de notícias de games de hoje? Comente nas redes sociais do Voxel e TecMundo!

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