O Pentágono concluiu que Alibaba, Baidu e BYD devem entrar na lista de empresas ligadas às forças armadas chinesas, segundo a Reuters.
A decisão, comunicada ao Congresso dos EUA, funciona como um alerta para companhias que mantêm negócios com o país asiático.
Anuncio agita o mercado global
A possível inclusão das três gigantes na lista 1260H agitou o ambiente político e tecnológico mundial. O relatório afirma que elas, junto a outras cinco empresas chinesas, “merecem ser incluídas”, conforme escreveu o vice-secretário de Defesa Stephen Feinberg em carta enviada aos parlamentares.
Embora a designação não leve a sanções imediatas, o gesto tende a mexer com a percepção de parceiros americanos.
A ação chamou ainda mais atenção por acontecer poucas semanas antes de Donald Trump e Xi Jinping discutirem uma trégua comercial, o que ampliou o debate sobre os efeitos dessa decisão no ecossistema tecnológico entre EUA e China.
Por que isso importa?
A lista 1260H já reúne 134 empresas consideradas ligadas às forças armadas chinesas. Entrar nela não implica bloqueio automático, mas costuma pesar na forma como a empresa é vista — especialmente por companhias dos Estados Unidos com presença na China.
Para entender melhor o contexto, vale lembrar o que significa essa designação:
- indica empresas com suposta ligação com iniciativas de defesa chinesas;
- serve como aviso a investidores e órgãos governamentais dos EUA;
- pode influenciar parcerias estratégicas e contratos internacionais;
- reforça a vigilância sobre setores de tecnologia e semicondutores;
- gera pressão diplomática entre China e Estados Unidos.
Como as empresas reagiram
O Alibaba respondeu oficialmente. Em nota enviada à Reuters, a empresa afirmou que “não há base para concluir que o Alibaba deva ser incluído na lista da Seção 1260H”, destacando ainda que “não é uma empresa militar chinesa nem faz parte de qualquer estratégia de fusão militar-civil”. A companhia também declarou que, mesmo se fosse incluída, isso não afetaria suas operações nos EUA.
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Já Baidu, BYD e o próprio Pentágono ainda não se posicionaram.
O próximo passo é acompanhar a publicação oficial da lista atualizada para confirmar se as empresas foram efetivamente incluídas.
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