Google processa cibercriminosos por operar plataforma de phishing

O Google entrou com um processo judicial contra o grupo Lighthouse, organização cibercriminosa responsável por uma plataforma de phishing em larga escala. A ação busca desativar domínios e links associados à empresa para reduzir sua atividade na internet.

De acordo com o processo, a Lighthouse oferece ferramentas para o disparo de SMS fraudulentos e softwares de e-commerce, com centenas de modelos prontos para enganar vítimas e induzi-las a revelar informações sensíveis. Em apenas 20 dias, a solução da organização teria sido usada para criar cerca de 200 mil sites falsos, comprometendo mais de 115 milhões de cartões de crédito, segundo estimativas do Google.

A ação judicial busca categorizar a Lighthouse como esquema criminoso. (Fonte: Getty Images)

Google invoca lei contra organizações criminosas

O Google afirma não saber exatamente quem são os membros da Lighthouse, mas alega que o grupo violou a Lei de Organizações Corruptas e Influenciadas por Crime Organizado (RICO Act), legislação usada nos Estados Unidos para combater redes criminosas. A empresa acredita que a maior parte dos envolvidos esteja baseada na China.

Phishing é uma técnica usada por criminosos para enganar pessoas e obter dados confidenciais, como senhas e números de cartões de crédito. No caso da Lighthouse, o grupo desenvolve páginas e mensagens falsas capazes de imitar sites legítimos — Gmail, YouTube ou o Serviço Postal dos EUA, por exemplo —, atraindo vítimas com aparente autenticidade.

Segundo a conselheira jurídica geral do Google, Halimah DeLaine Prado, o objetivo inicial da ação é fazer com que a justiça norte-americana reconheça a Lighthouse como uma operação ilegal. “Assim, o grupo seria impedido de contratar serviços de provedores de infraestrutura”, explicou em entrevista ao site The Verge.

Escala e impacto chamaram atenção

Embora outras organizações ofereçam serviços similares, a Lighthouse chamou atenção pela escala e pelo rápido crescimento em 2024, afirmou DeLaine. 

“Criminosos se aproveitam da confiança e da reputação da nossa marca para atrair usuários para ataques de phishing. A capacidade de colocar nossos engenheiros e advogados para trabalhar em defesa desses usuários é essencial”, declarou a executiva ao Tom’s Hardware.

O Google reconhece que desmantelar a Lighthouse será um processo longo e contínuo. Paralelamente, a companhia apoia três projetos de lei federais que visam combater fraudes digitais: o GUARD Act, o Foreign Robocall Elimination Act e o SCAM Act. As propostas buscam ampliar o financiamento e os recursos de autoridades policiais para lidar com chamadas automáticas e outros golpes vindos do exterior.

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