O governo brasileiro apresentou na tarde de sexta-feira (13) a versão final do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Esse documento, coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), prevê a injeção de até R$ 23 bilhões até 2028 para a expansão da tecnologia no país.
- Essa é a quinta proposta do plano, mas que em sua versão final já foi entregue ao presidente Lula neste mês;
- A previsão dos R$ 28 bilhões são provenientes de diversas fontes de crédito, incluindo recursos públicos e via investimento privado;
- Um dos pilares do projeto é a compra de um dos cinco supercomputadores mais poderosos do mundo;
- Com o avanço da IA e sua expansão, a pasta também focará no impacto no mercado de trabalho, atuando na capacitação profissional e novas oportunidades de emprego.
Como destaca a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, um dos emblemas do plano é a criação da “nuvem soberana”. Essa seria uma infraestrutura nacional de armazenamento de dados, com objetivo de proteger informações estratégicas de instituições públicas nacionais.

Algumas das ações de impacto do PBIA citam diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS). Dentre os impactos esperados, estão diagnósticos mais rápidos e precisos, especialmente em áreas como de acidente vascular cerebral (AVC); IA de suporte para decisões de compras de medicamentos; saúde bucal, anomalias em procedimentos hospitalares e mais.
Quais são os objetos do PBIA?
O documento de 108 páginas pode ser acessado facilmente por este link. A versão final do PBIA tem como lema “IA para o Bem de Todos”. Na descrição, o mote tem relação com uma tecnologia centrada no ser humano e acessível a todos, com fundamentação no respeito à dignidade, na superação de desafios sociais, ambientais, econômicos, no desenvolvimento e soberania nacional, transparente e mutuamente benéfico. Confira os objetivos:
- Foco no bem-estar social: Como a IA pode melhorar a vida das pessoas?;
- Geração de capacidades e capacitações nacionais;
- Soberania tecnológica e de dados;
- Alinhamento estratégico com políticas governamentais, com destaque para a Nova Indústria Brasil (NIB);
- Sustentabilidade ambiental e alinhamento com o Plano de Transição Ecológica (PTE);
- Valorização da diversidade;
- Cooperação internacional;
- Ética e responsabilidade no uso da IA;
- Governança participativa;
- Flexibilidade e adaptabilidade.
Para o futuro, nos próximos três anos é esperado a expansão de 100% da capacidade nacional em IA, e conectando ao menos 50% das instituições de pesquisa no país. Daqui a cinco anos, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial almeja posicionar o Brasil entre o top 5 países em capacidade computacional para IA.
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