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Greve de trabalhadores automobilísticos dos EUA pode começar nesta sexta

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A União dos Trabalhadores Automobilísticos (United Auto Workers — U.A.W.), que representa cerca de 150.000 trabalhadores nas fábricas de automóveis dos Estados Unidos, poderá entrar em greve contra três das maiores montadoras do país na sexta-feira, caso o sindicato e as empresas não consigam chegar a novos acordos.

As três montadoras — General Motors, Ford Motor e Stellantis, proprietária das marcas Chrysler, Jeep e Ram — poderão ser forçadas a interromper ou reduzir a produção se um acordo não for alcançado até a meia-noite de quinta-feira. O presidente da U.A.W., Shawn Fain, afirmou que quinta-feira é o “prazo final, não um ponto de referência” (via The New York Times).

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O sindicato está negociando um contrato separado de quatro anos com cada montadora. A U.A.W. nunca realizou uma greve contra todas as três empresas ao mesmo tempo, preferindo focar em uma de cada vez. No entanto, Shawn Fain declarou que ele e seus membros estão dispostos a entrar em greve contra todas as três desta vez.

Qual o motivo do conflito trabalhista?

A compensação está no centro das negociações. A U.A.W. está exigindo aumentos salariais de 40 por cento ao longo de quatro anos.Fain afirma esta porcentagem está alinhada com o aumento dos salários dos presidentes das empresas nos últimos quatro anos.Até a última sexta-feira, as duas partes permaneciam distantes, com as empresas oferecendo um aumento salarial de 14 a 16 por cento ao longo de quatro anos.Fain chamou essa oferta de “insultante” e afirmou que o sindicato ainda busca um aumento salarial de 40 por cento.

Carros elétricos também são tópico de discussão

Imagem: Quality Stock Arts / Shutterstock.com

A indústria automobilística está no meio de uma ampla transição para veículos elétricos, e GM, Ford e Stellantis estão investindo bilhões de dólares no desenvolvimento de novos modelos e na construção de fábricas. As empresas afirmam que esses investimentos tornam mais difícil para elas pagar salários substancialmente mais altos aos trabalhadores.

As montadoras argumentam que já estão em uma grande desvantagem competitiva em comparação com outras não sindicalizadas, como a Tesla, que domina a venda de veículos elétricos. Já a U.A.W. está preocupada que as empresas usem a transição para carros elétricos para cortar empregos ou contratar mais trabalhadores não sindicalizados.

O sindicato deseja que as montadoras incluam os trabalhadores das fábricas de baterias em seus contratos nacionais com a U.A.W. Atualmente, esses trabalhadores não são representados por sindicatos ou estão negociando contratos separados. No entanto, as montadoras afirmam que não podem legalmente concordar com esse pedido, pois essas fábricas são configuradas como empreendimentos conjuntos.

Greve mais recente da U.A.W.

Imagem: Ringo Chiu / Shutterstock.com

A U.A.W. entrou em greve mais recentemente em 2019 contra a General Motors. Cerca de 50.000 trabalhadores da General Motors pararam por 40 dias. A montadora estimou que essa greve custou a ela US$ 3,6 bilhões.

A greve terminou após as duas partes chegarem a um acordo que acabou com uma estrutura de salários de dois níveis, na qual os funcionários mais novos recebiam muito menos do que os trabalhadores veteranos. A GM também concordou em pagar mais aos trabalhadores.

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