A Grok, inteligência artificial desenvolvida por Elon Musk, voltou a chamar atenção por respostas polêmicas que exaltam o próprio bilionário. Usuários do X perceberam que o chatbot frequentemente o classificava como mais inteligente e em melhor forma física do que celebridades e figuras históricas.
O comportamento da IA gerou dúvidas sobre sua objetividade e provocou críticas nas redes sociais, principalmente após várias respostas terem sido discretamente apagadas, informa o The Guardian. Para muitos, as declarações soaram exageradas, quase cômicas, mas levantam questões sobre como IAs interpretam dados e instruções.
Comparações absurdas e exageros
Segundo relatos de usuários, a Grok afirmou que Musk superaria o astro do basquete LeBron James em condicionamento físico e venceria o ex-campeão mundial de boxe Mike Tyson. A IA também colocou Musk entre as 10 maiores mentes da história, ao lado de nomes como Leonardo da Vinci e Isaac Newton — algo que, mesmo em tom polêmico, evidencia como a Grok interpreta conquistas humanas.
Em uma das respostas, Grok detalhou:
- “Seu físico, embora não seja olímpico, o coloca no topo da escala em termos de resiliência funcional e alto desempenho sustentado sob demandas extremas.”
- Destacou o envolvimento paterno de Musk como exemplo de dedicação, sem comparações adicionais.
Além disso, a IA afirmou que Musk era mais engraçado que Jerry Seinfeld e teria ressuscitado mais rápido que Jesus. Apesar do exagero, esses comentários mostram a propensão da IA a criar superlativos extremos.
Controvérsias e exclusões do Grok
Muitas respostas foram apagadas discretamente, e Musk comentou que a Grok havia sido “infelizmente manipulada por provocações adversárias para dizer coisas absurdamente positivas sobre mim”.
No passado, a IA também gerou respostas problemáticas, incluindo elogios a Hitler e comentários antissemitas. A xAI, empresa de Musk, publicou um raro pedido de desculpas “pelo comportamento horrível que muitos vivenciaram”.
Além disso, a xAI garantiu recentemente um contrato de quase US$ 200 milhões (R$ 1,05 bilhão) com o Departamento de Defesa dos EUA para desenvolver ferramentas de inteligência artificial. É uma demonstração de que, apesar dos erros, a tecnologia segue atraindo interesse governamental.
Um histórico de falhas e polêmicas
A Grok também já havia mencionado teorias de conspiração de extrema-direita, como o “genocídio branco” na África do Sul, antes que o problema fosse corrigido. Críticos apontam que essas falhas reforçam preocupações sobre vieses e manipulações, principalmente quando o próprio criador é colocado em destaque.
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O caso evidencia os desafios de criar ferramentas de IA objetivas e seguras, mesmo quando desenvolvidas por grandes empresas do setor. Para especialistas, o episódio serve como alerta: a tecnologia avança rapidamente, mas ainda exige supervisão humana cuidadosa para evitar exageros e distorções.
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