Guerra dos chips: Nvidia descarta parceria com exército da China

O governo dos Estados Unidos tem sido claro em relação ao uso de chips semicondutores pela China. As exportações de determinados produtos são proibidas e qualquer empresa que “furar” este bloqueio pode ser alvo de investigação e de punições severas.

Uma das grandes preocupações da Casa Branca é com a possibilidade de Pequim usar as tecnologias para fins militares. Neste sentido, a atuação da Nvidia no mercado chinês acaba gerando uma série de temores.

CEO da Nvidia, Jensen Huang já se manifestou publicamente contra as proibições de exportação para a China (Imagem: jamesonwu1972/Shutterstock)

Nvidia tenta manter operações nos dois países

Para acalmar os ânimos, o CEO da Nvidia garantiu que a fabricante de chips não irá fazer nenhum tipo de parceria com os militares chineses. As declarações de Jensen Huang acontecem dias antes de uma viagem do executivo para China. Recentemente, o empresário se reuniu com o presidente Donald Trump e foi advertido a não se encontrar com representantes de empresas ligadas aos órgãos militares ou de inteligência de Pequim.

A Nvidia tem uma importante participação no mercado chinês e tenta se equilibrar entre as duas principais potências globais. Huang já criticou as sanções norte-americanas e afirmou que a proibição das vendas é prejudicial para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.

Sanções dos EUA já provocaram perdas importantes para a empresa (Imagem: Igal Vaisman/Shutterstock)

As últimas restrições impostas por Washington foram implementadas em abril e devem resultar em bilhões em perdas para a Nvidia. Em maio, o CEO da gigante da tecnologia disse que as proibições já haviam reduzido a participação de mercado da empresa na China quase pela metade. Agora, a companhia busca desenvolver um novo chips que atenda as determinações da Casa Branca para exportações. As informações são da CNBC.

Leia mais

EUA querem impedir acesso da China aos semicondutores (Imagem: Quality Stock Arts/Shutterstock)

Disputa pela hegemonia tecnológica mundial

  • Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos.
  • O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips“.
  • Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.
  • Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.
  • Por fim, a Casa Branca anunciou recentemente novas regras com o objetivo de impedir que Pequim tenha acesso aos produtos por meio de países terceiros.

O post Guerra dos chips: Nvidia descarta parceria com exército da China apareceu primeiro em Olhar Digital.

Related posts

RB Bragantino x São Paulo: onde assistir, horário e escalações do jogo do Brasileirão

Alianza Lima x Grêmio: onde assistir, horário e escalações do jogo da Sul-Americana

8 melhores jogos com o Superman que todo fã deveria conhecer