Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma IA capaz de prever desempenho em empregos analisando fotos de perfis do LinkedIn. O estudo indica que traços de personalidade faciais podem estar ligados a salário inicial, crescimento profissional e posição hierárquica.
A tecnologia, chamada Photo Big 5, mapeia cinco grandes fatores de personalidade — abertura à experiência, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo — correlacionando-os com dados de carreira de 96 mil graduandos de MBAs em universidades de elite nos EUA.
Como a IA funciona
Segundo o Giz_BR, a Photo Big 5 analisa imagens de perfis e identifica características faciais associadas aos cinco grandes traços de personalidade, combinando-os com objetivos de carreira:
- Extroversão foi o traço mais forte para maior remuneração.
- Abertura à experiência correlacionou com salários iniciais menores.
- Alguns traços positivos para uma métrica podem ser negativos para outra.
- Diferenças de gênero influenciam os resultados.
Os cientistas afirmam que a IA consegue definir quais traços aumentam as chances de melhor escolaridade, aumento salarial e menor rotatividade, mostrando que indivíduos com pelo menos 20% de traços positivos tiveram maior salário inicial médio.
Riscos e impactos éticos
Apesar de fornecer insights sobre perfis profissionais, a IA apresenta riscos éticos significativos. O viés digital em minorias pode gerar resultados injustos e influenciar decisões de contratação, além de potencialmente alterar o comportamento social, incentivando práticas como cirurgias plásticas para “otimizar” traços faciais.
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“Embora a IA ofereça métricas objetivas, é crucial avaliar seu uso de forma ética e responsável”, destacam os pesquisadores.
O que o estudo revela sobre recrutamento
O estudo indica que traços de personalidade não cognitivos podem ser mensurados de forma automatizada, oferecendo informações que métodos tradicionais não captam. No entanto, o uso deve ser cauteloso, pois a IA não substitui entrevistas e avaliações humanas.
A tecnologia representa uma nova era de análise profissional, mas levanta debates sobre privacidade, ética e impactos sociais no mercado de trabalho.
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