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IA médica do Google inventou parte do corpo que não existe

by Fesouza
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A inteligência artificial já vem sendo utilizada no campo da medicina. Uma das ferramentas disponíveis para este fim é a Med-Gemini, desenvolvida pelo Google. O objetivo é que a tecnologia auxilie na realização de diagnósticos, por exemplo.

A própria empresa divulgou alguns resultados das avaliações feitas pela IA. O problema é que, em um destes casos, a ferramenta simplesmente inventou uma parte do corpo que não existe. Uma falha que passou despercebida por toda a equipe da big tech.

IA médica do Google inventou parte do corpo que não existe
Erro de diagnóstico pode gerar graves consequências (Imagem: raker/Shutterstock)

Google reconheceu o erro da IA

  • O alerta foi divulgado em publicação feita no portal The Verge.
  • O Med-Gemini diagnosticou um “old left basilar ganglia infarct”.
  • O correto, no entanto, seria “basal ganglia” (gânglios basais), uma estrutura bem documentada no cérebro.
  • Segundo especialistas, trata-se de um exemplo de alucinação da IA, quando um sistema gera termos plausíveis, mas incorretos.
  • O Google respondeu que a IA de fato identificou corretamente uma lesão, mas usou a terminologia errada.

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Ferramenta foi desenvolvida pelo Google para uso exclusivo dos médicos (Imagem: VDB Photos/Shutterstock)

Falhas podem gerar consequências graves

O erro provavelmente foi causado pela associação indevida entre “basal ganglia” e “basilar artery”, que são duas estruturas diferentes do cérebro. Apesar de parecer pequena, esta falha pode ser extremamente perigosa pensando no tratamento adotado para o paciente.

O episódio aumenta as discussões sobre o uso da tecnologia para realização de diagnósticos médicos sem supervisão humana constante. O Med-Gemini, por exemplo, promete analisar exames de imagem, interpretar prontuários e auxiliar em diagnósticos.

A imagem mostra uma consulta médica. À esquerda, há uma pessoa vestida com um jaleco branco, provavelmente um médico, com um estetoscópio pendurado no pescoço. À direita, há outra pessoa com as mãos cruzadas sobre a mesa, usando um relógio inteligente no pulso esquerdo. No fundo, há um tablet com uma tela que exibe informações de monitoramento de sono, incluindo gráficos e dados como "Sleep Tracking", "Heart Rate" e "Sleep Quality". Sobre a mesa, há uma prancheta com papéis e uma caneta.
Especialistas discutem se ferramentas de IA devem ser utilizadas sem supervisão humana (Imagem: Shutterstock_S. Singha)

No entanto, testes recentes revelaram outras fragilidades. Com a nova versão da IA, chamada MedGemma, profissionais da saúde perceberam variações nas respostas da máquina de acordo com a forma como as perguntas eram formuladas. Pequenas mudanças no enunciado resultaram em diagnósticos diferentes para o mesmo exame.

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