Um estudo liderado por pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, demonstrou que a inteligência artificial pode ser uma importante aliada dos médicos. A ferramenta se mostrou eficaz na identificação de ataques cardíacos.
Segundo a equipe, a adoção da IA pode permitir a criação de tratamentos mais personalizadas para os pacientes. Além disso, evitaria diagnósticos equivocados, reduzindo os custos e liberando espaço para o atendimento de quem mais precisa.

Falhas no sistema atual de diagnóstico
- O trabalho analisou mais de 600 mil pacientes de 10 países diferentes, sendo considerado o maior estudo sobre modelagem de risco de Síndrome Coronariana Aguda sem Supradesnivelamento do Segmento ST ( SCA-SST).
- Essa condição é caracterizada pela redução abrupta do fluxo sanguíneo para o coração e é a forma mais comum de ataque cardíaco no mundo.
- Atualmente, os médicos usam um sistema de pontuação padronizado para determinar os riscos dos pacientes.
- Chamado de GRACE, ele identifica o momento ideal para o tratamento.
- O problema é que muitos pacientes podem precisar ser reclassificados.
Leia mais
- Quase todos os ataques cardíacos poderiam ser previstos por quatro fatores
- 5 doenças que a inteligência artificial já auxilia no diagnóstico
- IA detecta problemas cardíacos antes do surgimento de sintomas

IA pode revolucionar o combate aos problemas cardíacos
Os pesquisadores da Universidade de Zurique explicam que as conclusões indicam que as estratégias de tratamento atuais podem, em alguns casos, ter como alvo os pacientes errados. Por conta disso, eles usaram inteligência artificial para identificar quais pessoas se beneficiariam mais do tratamento invasivo precoce, incluindo angiografia e implante de stent.
O GRACE 3.0 é a ferramenta mais avançada e prática até agora para tratar pacientes com o tipo mais comum de ataques cardíacos. Isso pode remodelar futuras diretrizes clínicas e ajudar a salvar vidas.
Thomas F. Lüscher, um dos autores do estudo

A nova pontuação não apenas prevê o risco de ataques cardíacos com mais precisão, mas também pode ser usada para orientar decisões de tratamento mais personalizadas. As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Digital Health.
O post IA prevê risco de ataques cardíacos com maior precisão apareceu primeiro em Olhar Digital.