O iFood anunciou nesta terça-feira (5) um investimento direto de R$ 17 bilhões no Brasil, entre abril deste ano e março do ano que vem. Esse é o terceiro ano consecutivo que a empresa realiza um aporte de mais de R$ 10 bilhões no país.
Além do valor bilionário, a empresa terá mais de 1 mil novas contratações no período, voltadas principalmente para as áreas de tecnologia. Inteligência artificial deve ser um dos focos do iFood até o ano que vem.
iFood vai investir R$ 17 bilhões no Brasil
O aporte foi anunciado durante o evento iFood MOVE 2025, que acontece entre terça e quarta-feira desta semana no São Paulo Expo, na capital paulista. A empresa de delivery revelou que serão R$ 17 bilhões investidos diretamente no Brasil entre abril de 2025 e março de 2026.
Em comunicado, o iFood escreveu que o valor contempla, prioritariamente, “ações para impulsionar o tráfego na plataforma, aumentar a recorrência de compras no aplicativo e ampliar os segmentos de atuação da empresa”. O investimento será direcionado principalmente para as áreas de tecnologia e inovação, com a IA sendo um dos destaques.
O aporte também inclui créditos disponibilizados para restaurantes parceiros, para aumentar o crescimento dos comerciantes no aplicativo. O valor de R$ 17 bilhões não inclui investimentos adicionais em startups, que podem chegar a R$ 500 milhões só no Brasil.
Empresa de delivery vai aumentar força de trabalho
- O iFood também revelou que está aumentando sua força de trabalho, com contratação de 1.100 novos colaboradores diretos até março de 2026;
- Segundo a empresa de delivery, é um aumento de 19% entre março deste ano e março do ano que vem;
- Mais da metade dos novos empregos serão para profissionais de tecnologia;
- Ainda de acordo com a companhia, desde o início do ano fiscal, já são 500 novos funcionários. As outras 600 vagas serão preenchidas até o primeiro trimestre de 2026.
iFood espera aumentar volume de pedidos
O iFood investiu R$ 10,3 bilhões no Brasil em 2024 e R$ 13,6 bilhões em 2025. O período entre 2025 e 2026 marca o terceiro ano consecutivo de aportes diretos que superam a casa dos R$ 10 bilhões.
Segundo a companhia, o investimento visa aumentar o volume de pedidos e gerar mais negócios para comerciantes e entregadores do aplicativo. A empresa prevê que o ganho dos profissionais de entrega do app somarão R$ 5,2 bilhões no total, um aumento de 27% em relação ao período que se iniciou no ano passado.
De acordo com as estimativas do iFood, o repasse para os entregadores que trabalham mais de 90 horas por mês deve ser de 1,8 a 4,1 vezes maior do que o salário mínimo. No entanto, isso depende da quantidade de horas de trabalho e inclui apenas o valor das entregas feitas pela plataforma, sem as taxas dos próprios restaurantes.
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Paralisações e greves contra plataformas de delivery
Os números divulgados são do próprio iFood. No entanto, desde o início do ano, entregadores que têm se manifestado contra as plataformas de delivery.
Por exemplo, no final de março, houve uma paralisação liderada por entregadores de São Paulo. Eles pediam melhorias nas condições de trabalho e reajustes nos pagamentos.
O movimento reivindicou um pagamento mínimo de R$ 10 por entrega e R$ 2,50 por quilômetro rodado, além de limites de 3 quilômetros para entregas feitas com bicicletas. Outro ponto crucial da greve foi o fim do agrupamento de corridas sem a devida compensação financeira, algo que tem gerado insatisfação entre os trabalhadores.
Saiba os detalhes das demandas dos entregadores e o que disse a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec), que representa grandes empresas de delivery como iFood, Uber e 99, neste link.
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