O iFood é pioneiro nas entregas por drone no Brasil. A operação foi autorizada no início de 2022 e retomada em outubro deste ano, em Aracaju (Sergipe). Atualmente, são mais de 300 entregas por mês, com planos de expansão para mais rotas em 2026.
Segundo a empresa, a modalidade reduz o tempo de espera nas entregas pela metade e chega a locais que os métodos tradicionais não conseguem. Veja como funciona a entrega por drone do iFood.
Entrega por drone foi autorizada em 2022
Em janeiro de 2022, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou o iFood a usar drones no delivery de alimentos em produtos. No mesmo ano, a empresa realizou testes em Campinas, com mais de 200 entregas em dois meses. No entanto, o trajeto era curto, de um shopping a outro na cidade, a cerca de 400 metros de distância.
A operação foi retomada em outubro deste ano, dessa vez em Aracaju e com mais capacidade de entrega. A rota sai do Shopping RioMar em um percurso de três etapas até chegar no endereço final, na Barra dos Coqueiros, município do outro lado do rio Sergipe.
Como funciona a entrega por drone
São três etapas:
- Quando o pedido é feito, o restaurante envia o pacote à estação de drone no Shopping RioMar através de um mensageiro;
- Na sequência, o drone coleta a entrega e a transporta, pelo ar, até o município Barra dos Coqueiros, do outro lado do rio Sergipe;
- A etapa final é feita por um entregador, que coleta o pedido e a leva até os condomínios de Barra dos Coqueiros.
Segundo o iFood, o percurso completo dura cerca de 30 minutos – uma redução pela metade no tempo estimado de 1 hora para o trajeto de moto. O serviço funciona todos os dias, das 11h30 às 21h30. O período noturno no final de semana é o momento de maior demanda.
As entregas são feitas em parceria com a empresa Speedbird Aero, especializada em delivery por drone. As máquinas aguentam até 5 quilos, voam a 50 km/h a uma altitude de 60 metros, o equivalente a um prédio de 20 andares. Além disso, o drone suporta ventos de até 55 km/h e chuva leve, o que permite continuar a operação mesmo em dias de tempo instável. De acordo com o iFood, as entregas não precisaram ser interrompidas desde a retomada, em outubro.
E os entregadores humanos?
Atualmente, as entregas por drone são complementares a outras formas de delivery, para atender mais regiões. Segundo o iFood, são cerca de 300 pedidos por mês de oito restaurantes em Aracaju.
Mesmo assim, duas das três etapas demandam operadores humanos, incluindo o momento da entrega da encomenda na casa do cliente. O Brasil não autoriza entregas diretas feitas por drones na casa das pessoas.
Entre os benefícios, a empresa cita a diminuição no tráfego nas cidades, redução nas emissões de carbono na atmosfera e acesso a lugares com poucas alternativas terrestres.
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iFood está buscando mais rotas
Ao Olhar Digital, o iFood revelou que está buscando mais rotas para ampliar a entrega por drone no Brasil. A empresa quer desenvolver trajetos que atualmente não fazem parte do delivery tradicional, como condomínios fechados ou locais com dificuldades de acesso devido a barreiras geográficas (como o caso da Barra dos Coqueiros, que é separada de Aracaju pelo rio Sergipe).
Mariana Werneck, diretora sênior de Logística do iFood, afirmou que a companhia está evoluindo nessa logística de forma complementar às entregas atuais, considerando drones e robôs autônomos para trechos que, hoje, não são atendidos com a mesma eficiência.
O post iFood: entrega por drone já é realidade nesta cidade brasileira apareceu primeiro em Olhar Digital.