Adultos com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) frequentemente apresentam níveis mais baixos de felicidade e bem-estar. No entanto, novas evidências indicam que a insônia – e não apenas o TDAH em si – pode ser um dos principais fatores por trás dessa insatisfação.
Um estudo recente conduzido por cientistas da Universidade de Southampton e do Instituto Holandês de Neurociência demonstrou, pela primeira vez, que a gravidade da insônia tem impacto direto nos traços do TDAH e na qualidade de vida de adultos de meia-idade e idosos.

Descobertas do estudo
- Com base nos dados de 1.364 participantes do Registro do Sono da Holanda, os pesquisadores observaram que pessoas com traços de TDAH apresentavam maior propensão à insônia severa, baixa qualidade de sono e horários de sono desregulados.
- Entre esses fatores, a insônia se destacou como a variável mais associada à queda na satisfação com a vida.
- Segundo a professora Sarah L. Chellappa, a insônia pode tanto ser consequência dos sintomas do TDAH quanto agravá-los, criando um ciclo de reforço negativo.
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Tratamentos são eficazes
A boa notícia, segundo os pesquisadores, é que os distúrbios do sono são mais tratáveis do que alterações genéticas do ritmo circadiano, e terapias comportamentais, como a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I), têm mostrado bons resultados.
A pesquisa, publicada na BMJ Mental Health, também destaca a negligência histórica em relação a adultos mais velhos com TDAH, especialmente os diagnosticados tardiamente.
Tratar a insônia nesse grupo pode trazer benefícios não apenas para os sintomas do TDAH, mas também para a saúde geral, já que a falta de sono nessa fase da vida está associada a várias doenças crônicas.

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