Inspirada no ‘Domo de Ferro’ de Israel, Itália lança escudo antimísseis com IA

Inspirada no “Domo de Ferro”, de Israel, a empresa italiana de defesa Leonardo revelou o projeto “Domo Michelangelo”, que integra sensores terrestres, navais, aéreos e espaciais de última geração, plataformas de ciberdefesa, sistemas de comando e controle e inteligência artificial. O escudo foi projetado para, segundo a companhia, combater ameaças emergentes num cenário global cada vez mais complexo.

A plataforma cria uma cúpula de segurança capaz de detectar, rastrear e neutralizar ameaças mesmo em caso de ataques em larga escala, em todos os domínios operacionais: ameaças aéreas e de mísseis (incluindo mísseis hipersônicos e enxames de drones), ataques de superfície e subaquáticos no mar e forças terrestres hostis.

Nome de novo sistema de defesa italiano faz referência ao Domo de Ferro de Israel (Imagem: Oren Ravid/Shutterstock)

“O Domo Michelangelo foi concebido para a defesa e proteção do território nacional e europeu, podendo também ser implantado para salvaguardar áreas específicas de interesse estratégico – como bases militares, portos e aeroportos, infraestruturas civis críticas e instalações industriais, áreas urbanas, grandes eventos e ativos estratégicos – garantindo a neutralização de plataformas hostis antes que possam representar um risco à segurança”, diz a empresa.

Visão global

O projeto, segundo a Leonardo, introduz um novo paradigma de defesa: a gestão simultânea e integrada de ameaças heterogêneas, aproveitando a interconexão entre os domínios aéreo, marítimo, terrestre e espacial, dentro de um ambiente ciberseguro apoiado por um sistema de IA.

Graças à fusão de dados de múltiplos sensores e ao uso de algoritmos preditivos, o Domo Michelangelo pode antecipar atividades hostis, otimizar respostas operacionais e coordenar automaticamente os efetores mais adequados. A infraestrutura foi projetada para ser aberta, ou seja, compatível com os ativos e plataformas defensivas de outras nações e em conformidade com os padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

União Europeia tem incentivado países-membros a adquirir equipamentos de defesa (Imagem: Leonardo/Divulgação)

“O nome Domo Michelangelo evoca a grande tradição da engenharia italiana: a cúpula como símbolo de proteção, harmonia estrutural, visão e engenhosidade”, explica a empresa.

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Tem demanda

Em maio, a União Europeialançou um programa de empréstimo no valor de US$ 173,5 milhões (R$ 925 milhões) para países-membros adquirirem equipamentos de defesa militar. A Otan se comprometeu a aumentar os gastos com sistemas de defesa e segurança para 5% até 2035.

No mercado financeiro, as ações da Leonardo acumulam alta de 77% desde janeiro, num ano de valorização das empresas de defesa. A BAE Systems do Reino Unido, por exemplo, viu seus papeis subirem 42,7% neste ano, enquanto a Rheinmetall da Alemanha cresceu 148,9% e a Thales, da França, 63,8%.

A infraestrutura foi projetada para ser aberta, ou seja, totalmente compatível com os ativos da OTAN (Imagem: Leonardo/Divulgação)

“A guerra moderna é vencida pela rede que consegue integrar todas as plataformas em um único ciclo de decisão”, disse Loredana Muharremi, analista de ações da Morningstar, à CNBC. “Os vencedores serão os contratados que detêm o controle da camada de rede, e não da infraestrutura física, que capturam atualizações recorrentes e escalabilidade.”

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