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Instagram: jovens com baixa autoestima veem mais posts ligados a transtornos alimentares

by Fesouza
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O Instagram mostrava mais conteúdos sobre distúrbios alimentares para adolescentes que se sentiam mal com o próprio corpo, indica uma pesquisa interna da Meta. Divulgado pela Reuters, o levantamento reforça preocupações sobre o impacto das redes sociais na percepção corporal de jovens usuários.

Segundo o estudo, adolescentes que relataram insatisfação corporal na primeira fase da pesquisa eram cerca de três vezes mais impactados com conteúdos voltados para corpo ou relacionado a transtornos alimentares do que jovens que relatavam não ter problemas de autoimagem. 

Apesar disso, a Meta ressalta que o levantamento não estabelece uma relação causal direta entre a insatisfação corporal e o conteúdo visto, mas busca apenas descrever o tipo de material consumido pelos usuários.

Os vídeos analisados continham decotes, imagens de glúteos e coxas, além de julgamentos explícitos sobre determinados tipos de corpo.

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Adolescentes que mais se sentiam mal com o próprio corpo viram conteúdo associado a transtorno alimentar com mais frequência. (Imagem: Getty Images)

A pesquisa entrevistou 1.149 adolescentes entre 2023 e 2024, perguntando sobre a frequência com que se sentiam mal sobre o próprio corpo ao usar o Instagram. A plataforma então extraiu uma amostra do conteúdo visto por esses usuários ao longo de três meses.

O levantamento também indicou que jovens com maior incidência de sentimentos negativos sobre si mesmos consumiam mais conteúdo potencialmente nocivo, incluindo temas adultos, comportamento de risco, crueldade ou sofrimento.

Não é uma correlação inédita

Este estudo se soma a outras pesquisas que mostram correlações entre o uso do Instagram e a deterioração da saúde mental dos usuários. Em 2021, outro levantamento interno da Meta já apontava para uma relação semelhante entre insatisfação corporal e acesso às redes sociais da empresa.

A pesquisa reforça comprometimento em cuidar dos usuários, diz a Meta

Em nota, um porta-voz da Meta afirmou: “Essa pesquisa é mais uma prova de que continuamos comprometidos em entender as experiências dos jovens e usar esses insights para construir plataformas mais seguras e favoráveis para os adolescentes”.

O estudo também revelou que ferramentas de monitoramento de conteúdo da Meta deixavam escapar 98,5% do material considerado “sensível” para crianças e adolescentes. Os pesquisadores explicam que isso não é uma surpresa, já que a empresa havia acabado de iniciar testes de um novo algoritmo para filtrar esse tipo de conteúdo.

Você pode conferir a pesquisa completa (com algumas partes censuradas) no site da Reuters.

Para ficar por dentro das pesquisas sobre redes sociais e saúde digital, continue acompanhando o TecMundo e veja como plataformas como o Instagram estão evoluindo para proteger seus usuários.

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