O presidente Donald Trump anunciou no Salão Oval nesta sexta-feira (22) que o governo dos Estados Unidos vai adquirir uma participação de 9,9% na Intel, medida que encerra duas semanas de especulações em Washington sobre o futuro da gigante dos semicondutores.
O acordo está diretamente ligado aos subsídios bilionários concedidos à companhia pela Lei de Chips de 2022, que buscava fortalecer a produção nacional diante da concorrência chinesa.
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Reunião selou decisão de Trump
- A decisão foi tomada após uma reunião entre Trump e o presidente-executivo da Intel, Lip-Bu Tan.
- Dias antes, o presidente havia criticado os vínculos anteriores de Tan com a China e até sugerido sua renúncia.
- No entanto, após o encontro, Trump mudou o tom e disse ter ficado impressionado com o executivo, propondo então que os Estados Unidos assumissem uma fatia da empresa.
- “Eu disse: ‘Quer saber? Acho que os Estados Unidos deveriam receber 10% da Intel’”, afirmou ao relembrar a conversa.
Segundo o secretário de Comércio, Howard Lutnick, o governo não terá assento no conselho nem participação direta na governança corporativa, limitando-se à posição de acionista. Os cerca de US$ 8 bilhões em subsídios já concedidos poderão ser convertidos nessa participação acionária.
Intel em momento delicado
Analistas observam que a medida chega em um momento crítico: a Intel registra perdas de aproximadamente US$ 1 bilhão por mês e precisa conquistar novos clientes para reerguer seus negócios de design e fabricação de chips.
A notícia foi bem recebida por investidores, impulsionando as ações da empresa em cerca de 7% nesta sexta-feira.
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