Inteligência artificial pode impulsionar economia global, mas ampliar desigualdade, alerta FMI

O avanço da inteligência artificial (IA) está se consolidando como um dos principais motores de transformação econômica global. De acordo com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, o aumento dos investimentos em IA — concentrados principalmente nos Estados Unidos — pode impulsionar o crescimento mundial entre 0,1% e 0,8%. No entanto, ela também alerta para o risco de aumentar as desigualdades entre países ricos e pobres. As informações são da agência Reuters.

Durante as reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial, realizadas em Washington, Georgieva destacou que o impacto da IA na economia pode ser significativo, mas desigual. Segundo ela, a capacidade de cada nação de aproveitar os benefícios da tecnologia depende diretamente do acesso a recursos, infraestrutura e capacitação digital.

Diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva faz alerta sobre IA (Imagem: Governo do Peru)

Riscos e oportunidades da inteligência artificial

A inteligência artificial é vista como uma força de aceleração econômica e de transformação produtiva, mas também traz desafios globais. Segundo Georgieva, o avanço rápido da tecnologia pode criar duas realidades paralelas: de um lado, países com forte infraestrutura tecnológica e investimentos robustos em IA; de outro, nações em desenvolvimento que enfrentam dificuldades para acompanhar essa evolução.

Georgieva reforçou que, para equilibrar os benefícios e riscos, é essencial que o desenvolvimento da inteligência artificial seja acompanhado de políticas públicas inclusivas e investimentos em capacitação global. “Se conseguirmos extrair esse tipo de impulso de crescimento, isso seria muito significativo para o mundo”, afirmou. Ainda assim, ela enfatizou que o desafio é garantir que o avanço tecnológico não se torne uma nova fonte de divisão econômica.

Georgieva destacou que o impacto da IA na economia pode ser significativo, mas desigual (Imagem: Stephen Jaffe/FMI)

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Impactos da IA no mercado de trabalho

Em 2024, o FMI já havia feito uma análise que apontava que a inteligência artificial deveria afetar quase 40% de todos os empregos no mundo. Segundo a instituição, a tecnologia provavelmente também piorará a desigualdade geral. Veja o que foi dito no ano passado:

  • Ainda segundo o FMI, a IA afetará uma proporção maior de empregos, cerca de 60%, nas economias avançadas.
  • Em metade destes casos, os trabalhadores podem esperar se beneficiar da integração da inteligência artificial, o que aumentará a sua produtividade.
  • Em outros, a tecnologia terá a capacidade de realizar tarefas importantes que são atualmente executadas por humanos.
  • Isso poderá reduzir a procura de mão-de-obra, afetando salários e até mesmo erradicando empregos, segundo a entidade.
  • Ao mesmo tempo, o Fundo Monetário Internacional prevê que a a inteligência artificial afetará apenas 26% dos empregos nos países de baixa renda.
Segundo o FMI, a tecnologia provavelmente também piorará a desigualdade geral (Créditos: WANAN YOSSINGKUM / iStock)

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