A Apple superou as expectativas do mercado com os resultados do quarto trimestre fiscal e indicou uma projeção otimista para o período que se encerra em dezembro. A companhia prevê um aumento de 10% a 12% na receita, impulsionado principalmente pela forte procura pelos novos modelos do iPhone 17, lançados em setembro.
O CEO Tim Cook afirmou que o trimestre pode se tornar o melhor da história da empresa. “Esperamos que a receita total cresça entre 10% e 12% em relação ao ano passado. A receita do iPhone deve ter crescimento de dois dígitos, o que tornaria o trimestre de dezembro o melhor da Apple”, declarou.
Receita supera estimativas do mercado para a Apple
No trimestre encerrado em 27 de setembro, a Apple registrou US$ 102,47 bilhões em receita, levemente acima dos US$ 102,24 bilhões projetados por analistas. O lucro por ação foi de US$ 1,85, superando as estimativas de US$ 1,77.
Entre os principais segmentos, o iPhone gerou US$ 49,03 bilhões, enquanto os serviços, como iCloud, Apple Music e taxas do App Store, somaram US$ 28,75 bilhões, um crescimento de 15% sobre o ano anterior. Essa divisão é a que mais cresce dentro da companhia e representa uma fonte de receita recorrente e de alta margem de lucro.
iPhone 17 impulsiona projeções
A nova linha do iPhone 17 foi lançada em 19 de setembro e teve pouco mais de uma semana de vendas contabilizadas no trimestre. Mesmo assim, as vendas cresceram 6% em relação ao ano anterior. Cook destacou que a recepção do público foi “extraordinária” e que a empresa enfrenta restrições de oferta em alguns modelos tanto do iPhone 17 quanto do iPhone 16.
“Vemos um entusiasmo global em torno da nova linha do iPhone e aumento significativo no tráfego de nossas lojas”, afirmou o executivo. Analistas da LSEG projetavam US$ 132,31 bilhões em receita para o trimestre de dezembro, mas a própria Apple espera superar esse número, podendo atingir US$ 136,73 bilhões.
Desempenho de Macs e outros produtos
O segmento de Macs cresceu 13%, alcançando US$ 8,72 bilhões em vendas, impulsionado pela boa recepção do MacBook Air atualizado e mais barato. Em contrapartida, a divisão de Outros Produtos — que inclui Apple Watch, AirPods e Vision Pro — teve leve queda, com US$ 9,04 bilhões em receita.
A área de iPads manteve estabilidade, com US$ 6,95 bilhões em vendas, já que a Apple não lançou novos modelos no período. O novo iPad Pro com chip M5 chegou apenas em outubro, fora do trimestre fiscal.
Leia mais:
- iPhone 17: o que o celular tem que os demais da Apple não têm?
- Vale a pena comprar o iPhone 17 para substituir seu celular antigo da Apple?
- 5 eletrônicos da Apple já enviados ao espaço
China e novos planos para 2025
As vendas na Grande China, que englobam Hong Kong e Taiwan, caíram 4% em relação ao ano anterior, totalizando US$ 14,5 bilhões. Cook disse acreditar em retomada do crescimento na região ainda neste trimestre, puxada pelo desempenho da linha iPhone 17.
A Apple encerrou o ano fiscal de 2025 com US$ 416 bilhões em receita total, um avanço de 6% sobre 2024. O lucro líquido foi de US$ 27,46 bilhões, em comparação com US$ 14,29 bilhões no mesmo período do ano anterior, quando houve um impacto negativo de um encargo tributário único.
Próximos passos e integração com IA
Tim Cook também confirmou que a empresa lançará uma versão atualizada da assistente Siri no próximo ano e continuará expandindo parcerias no campo da inteligência artificial, incluindo a integração do ChatGPT ao Apple Intelligence. “Nossa intenção é ampliar essas parcerias ao longo do tempo”, afirmou.
O executivo ainda observou que a empresa não alterou preços devido às tarifas impostas pelo governo Trump, absorvendo os custos em sua margem de lucro. No trimestre, a margem bruta da Apple foi de 47,2%, superando as projeções de 46,4%.
O post iPhone 17 impulsiona Apple rumo a maior receita da história apareceu primeiro em Olhar Digital.