iPhone 38: polícia de SP apreende celular que vira arma de fogo

Durante uma patrulha de rotina na cidade de Roseira, em São Paulo, policiais encontraram um dispositivo inusitado: um celular falso que se transforma em uma arma de fogo. Os agentes encontraram o dispositivo após abordarem um homem de 18 anos que estava em um veículo com mais quatro pessoas.

A apreensão da arma ocorreu no bairro de Barretinho na noite da última quinta-feira (23). Durante a abordagem, os policiais perceberam que o suposto smartphone do homem tinha algo incomum, e ao analisar o conteúdo descobriram que bastava destacar as partes para transformar o que parecia um iPhone em um tipo de pistola.

Cheio de adesivos e visivelmente sujo, o aparelho abre em duas partes: cabo e algo que parece ser o ‘tambor’ da arma. Nas imagens, é possível ver dois compartimentos para inserir a munição, que a polícia indica ser para calibre 380 de 9 mm, geralmente utilizadas em pistolas e outras armas compactas de caráter semiautomático.

O homem que portava a arma foi preso em flagrante e encaminhado até à Delegacia de Guaratingueta (Imagem: Força Tática/Divulgação)

Embora o material do dispositivo até lembre um simples plástico, é provável que essa arma seja feita de algum tipo de polímero. O motivo é que o plástico tradicional, como o ABS ou PVC, não suporta bem a exploração causada pela queima da pólvora, além da pressão exercida no disparo, que quebraria o equipamento e machucaria potencialmente a mão de quem o utiliza.

Ghost gun: a arma disfarçada de iPhone

A polícia ainda não divulgou informações de como o homem abordado conseguiu a arma, mas há algumas hipóteses. Uma das possíveis explicações é a compra de equipamentos como esse por vendedores da Dark Web, mas outro caminho plausível é na montagem amadora de peças assim.

  • Chamadas de ghost guns (armas fantasmas), esses equipamentos são armamentos de fogo montados peça por peça entusiastas e especialistas;
  • Elas são geralmente compradas por kits ou feitas integralmente por impressoras 3D;
  • Por não terem fabricação própria ou controlada, as autoridades têm dificuldades em rastrear a origem desses itens;
  • A facilidade e rapidez na produção as tornam propensas ao uso em esquemas ilegais de tráfico;
  • Dados da ONG The National Police Foundation indicam que a apreensão de ghost guns cresceu mais de 160% entre 2019 e 2020 na Filadélfia e San Diego.

O uso de armas parecidas com smartphones também não é uma novidade. Em 2017, autoridades da Bélgica alertavam sobre a chegada da arma “iPhone Gun” à Europa, produzida pela empresa norte-americana Gun Runner Distributing e com preço perto dos US$ 400 (Cerca de R$ 2.100 em conversão direta).

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