Iron Beam: Israel desenvolve arma laser para interceptar drones e mísseis

Um sistema de defesa baseado em laser é a mais nova arma de Israel para abater drones e mísseis. A tecnologia, que vem sendo desenvolvida há anos, está pronta para ser usada em sua versão completa, o que deve acontecer ainda em 2025, conforme revelou o Ministério da Defesa do país na última quarta-feira (17).

Denominada “Iron Beam”, algo como “Raio de Ferro” na tradução livre, a arma revelada pela primeira vez em 2014 passou por uma série de testes simulando combates reais, recentemente, comprovando sua eficácia. A novidade funcionará em conjunto com o Iron Dome e é apontada como um divisor de águas pelos militares locais.

O “Raio de Ferro” será integrado ao Iron Dome de Israel. (Imagem: Rafael Advance Defense System/Divulgação)

Como funciona o Iron Beam?

Desenvolvida pela Rafael Advance Defense System, em parceria com a Elbit Systems, a arma utiliza laser de alta potência para neutralizar ameaças aéreas. O feixe de luz que pode chegar a até 100 kW de potência é formado por uma combinação de espelhos no interior do canhão.

  • Segundo o Ministério, o feixe gerado tem o diâmetro de uma moeda e altíssima precisão, além de não sofrer interferências do vento nem da temperatura atmosférica;
  • Um sistema de monitoramento de alvos via GPS e a central de comando também fazem parte do mecanismo, assim como as baterias que fornecem energia para a geração do laser;
  • O sistema tem uma versão fixa, que pode ser montada em áreas específicas, fazendo a defesa de locais estratégicos, e uma móvel, instalada em caminhões ou tanques para deslocamentos;
  • Conforme as autoridades israelenses, o laser tem alcance de aproximadamente 10 km.

Embora seja uma opção para operações terrestres, essencialmente, há a possibilidade de montagem do Iron Beam em um avião, dependendo da necessidade. Segundo a Rafael, uma versão marítima do interceptador a laser também está em desenvolvimento, para instalação em navios, aumentando a proteção de ativos no oceano.

Além de drones e mísseis, a tecnologia se mostrou eficaz na interceptação de morteiros e outras ameaças vindas do ar, durante os testes do equipamento. Por outro lado, o sistema apresenta algumas limitações, incluindo a dificuldade de funcionar se o tempo estiver nublado, como destaca a Bloomberg.

O laser disparado pelo Iron Beam tem 10 km de alcance. (Imagem: Rafael Advance Defense System/Divulgação)

Baixo custo

O Iron Beam de Israel apresenta várias vantagens, como a possibilidade de continuar disparando enquanto houver energia disponível para o laser, evitando o risco de ficar sem munição em meio ao combate. Outro destaque é o custo reduzido do sistema.

Apontada como uma maneira mais barata de abater aeronaves não tripuladas e outros projéteis, a tecnologia custa cerca de US$ 5 por interceptação devido ao uso da eletricidade, o equivalente a pouco mais de R$ 26 pela cotação do dia. Em comparação, os mísseis adotados pelos sistemas de defesa atuais saem por US$ 50 mil (R$ 264 mil), em média.

“Este não é apenas um momento de orgulho nacional, mas um marco histórico para o nosso sistema de defesa: uma interceptação rápida e precisa a um custo marginal que se junta às ferramentas defensivas existentes e muda a equação da ameaça”, comentou o ministro da Defesa, Israel Katz, em comunicado.

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