Itaú e Bradesco recorrem ao decreto de falência da Oi

Bancos credores da Oi, incluindo o Itaú Unibanco e o Bradesco, recorreram à Justiça contra a decisão que decretou a falência do Grupo Oi. As instituições financeiras buscam reverter o decreto para acelerar o recebimento de cerca de R$ 4 bilhões em fianças, segundo informações apuradas pelos jornais Estadão e O Globo.

O principal objetivo da ação é suspender os efeitos da falência e manter o processo de recuperação judicial, o que permitiria às instituições recuperar parte dos valores devidos com maior rapidez. Na petição, os bancos destacam que a Oi ainda mantém contratos estratégicos de serviços de tecnologia com grandes empresas e órgãos públicos, incluindo Caixa, Santander, Petrobrás, Americanas, Magazine Luiza e cerca de 13 mil lotéricas em todo o país.

Bancos credores da Oi querem reverter o decreto de falência da empresa de telecomunicações. (Imagem: Getty Images)

O pedido protocolado pelos credores solicita a suspensão da decisão de falência até que o caso seja julgado em definitivo. O Bradesco, em particular, ressalta que a Oi é responsável pela infraestrutura de dados, voz, serviços em nuvem e Wi-Fi utilizados pela instituição — e que uma eventual descontinuidade dos serviços poderia impactar suas operações.

O Itaú, por sua vez, afirma que a sentença foi “precipitada” e desconsiderou alternativas viáveis de reestruturação financeira para a companhia. O banco sustenta que havia caminhos para manter a continuidade dos negócios sem recorrer à falência.

Falência da Oi foi decretada nesta semana

A falência da Oi foi decretada na segunda-feira (10) pela juíza Simone Gastesi Chevrand, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A decisão encerra um longo processo de tentativa de recuperação judicial iniciado em 2016, quando a empresa entrou com o maior pedido do tipo da história do país.

O grupo de telecomunicações, que foi uma das principais operadoras do Brasil, enfrentava dificuldades financeiras desde meados da década passada, agravadas pela perda de participação no mercado e pela pressão de dívidas bilionárias.

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