No universo cômico e excêntrico de The Office, poucos personagens despertam tanto fascínio quanto Kevin Malone. Apresentado como um contador desajeitado, de fala arrastada e inteligência aparentemente limitada, Kevin sempre foi visto como o elo mais fraco do trio responsável pelas finanças da filial Scranton da Dunder Mifflin.
No entanto, uma teoria de fãs que circula há anos propõe uma leitura surpreendente: Kevin não seria burro, mas, sim, um gênio disfarçado — e mais do que isso, um verdadeiro golpista que fraudou os livros contábeis da empresa para enriquecer às escondidas.
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Afinal, Kevin roubou a empresa no final de The Office? Veja pistas
Essa teoria começou a ganhar força graças a uma análise minuciosa feita por fãs em vídeos no YouTube, especialmente com base em episódios menos conhecidos, como os webisódios lançados entre as temporadas principais. Neles, Kevin chega a admitir que pegou US$ 2.800 do caixa da empresa para cobrir dívidas de jogo, além de revelar a outros funcionários onde o dinheiro da empresa ficava guardado.
São sinais claros de que ele conhecia bem os mecanismos internos para acessar recursos financeiros de forma rápida — e sem levantar suspeitas imediatas. Durante a série, Kevin se envolve com jogos de azar e tem um desempenho surpreendentemente bom em apostas e no pôquer, sugerindo que sua imagem de “tapado” pode ser apenas uma fachada.
Em um momento específico da terceira temporada de The Office, ao descobrir que um colega já esteve preso por fraude financeira, Kevin comenta que o esquema soa muito parecido com o que ele faz. Pode ter sido só uma piada jogada ao vento — ou uma pista deliberada do que estava acontecendo por trás das cortinas.
Outro detalhe relevante é o uso da chamada “Keleven”, uma “nova conta” que Kevin teria inventado para corrigir erros contábeis — algo que o levou a ser demitido por Dwight na temporada final. A criação dessa conta fictícia poderia ser interpretada como uma tentativa deliberada de mascarar desvios financeiros, ainda que apresentados de forma cômica.
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A teoria ganha ainda mais força quando se considera o desfecho do personagem: após sua demissão, Kevin aparece como dono de um bar em Scranton. Para muitos fãs, a explicação óbvia seria o uso do dinheiro desviado da empresa para investir em seu próprio negócio.
Ator que interpreta Kevin falou sobre a teoria
Porém, Brian Baumgartner, ator que interpretou Kevin, esclareceu em uma entrevista que a ideia original dos roteiristas era outra. Segundo ele, Kevin teria acumulado tanto crédito em um bar — graças à fama adquirida com o documentário da empresa — que acabou se tornando sócio do local. A cena chegou a ser gravada, mas não foi exibida na versão final da série.
Ainda assim, mesmo que essa explicação oficial contradiga a teoria do desfalque, os indícios deixados ao longo da série continuam sendo terreno fértil para especulações. Com isso em mente, a teoria pode não ser verdade oficialmente, mas a série deixa tudo aberto para muitas interpretações.
Kevin pode não ser um gênio do crime financeiro, mas certamente é mais astuto — e misterioso — do que aparenta. Afinal, em um escritório onde todos escondem algo, por que justamente o contador mais “lento” seria o único inocente?