O Projeto Kuiper, iniciativa de internet via satélite da Amazon, anunciou na última quinta-feira (13) uma mudança de nome. Agora, o projeto se chama Amazon Leo, abandonando o codinome técnico que utilizava há sete anos. A mudança coincide com os preparativos finais para o início dos serviços de banda larga a partir de sua constelação em órbita baixa da Terra, previsto para 2025.
“Agora, estamos prontos para compartilhar nossa marca permanente para o programa: Amazon Leo, uma simples referência à constelação de satélites em órbita baixa da Terra que alimenta nossa rede”, explicou a Amazon.
Empresa quer implantar mais de 3 mil satélites
A empresa já implantou 153 dos mais de 3.200 satélites planejados, mantendo o prazo estabelecido pela Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos EUA, que exige a implantação de metade da rede (1.616 satélites) até julho de 2026. A divisão governamental do projeto também foi renomeada, passando a se chamar Leo for Government.
Ricky Freeman, presidente da divisão governamental, detalhou em setembro os planos de ativação do serviço. “Previsão de início das operações nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha e França antes do final de março”, afirmou. A estratégia inclui mais uma missão de lançamento ainda este ano, embora a Amazon não tenha divulgado datas específicas.
A Amazon construiu uma estratégia de lançamento diversificada com múltiplos fornecedores:
- United Launch Alliance (ULA): 5 foguetes Atlas 5 restantes + 38 foguetes Vulcan Centaur
- Arianespace: 18 foguetes Ariane 6 (estreia adiada para 2026)
- Blue Origin: até 27 foguetes New Glenn
O cronograma enfrenta desafios técnicos significativos. O Vulcan retornou com sucesso em agosto após anomalia em 2024, enquanto o New Glenn acabou de fazer o seu segundo voo. O Ariane 64, variante crítica para os lançamentos do Amazon Leo, teve seu voo inaugural adiado para 2026.
Leia mais:
- O Brasil tem satélites em órbita? Descubra como funciona o programa espacial brasileiro
- Está sem sinal no iPhone? Veja como enviar mensagem via satélite
- Nanossatélite: o que é e como é lançado?
A SpaceX, principal concorrente no mercado de internet via satélite, já concluiu todas as três missões contratadas para a constelação da Amazon. O setor de comunicações orbitais vive um momento de expansão acelerada, com múltiplas empresas buscando oferecer serviços globais de conectividade.
A transição de marca reflete a maturação do projeto e a aproximação da fase comercial. Com investimentos bilionários em infraestrutura de lançamento e uma estratégia global de implantação, a Amazon disputa o concorrido mercado de internet via satélite.
O post Kuiper já era! Amazon muda o nome da sua constelação de satélites apareceu primeiro em Olhar Digital.
