La Niña: fenômeno que muda o clima no mundo pode começar esse ano

Apesar de atrasado, o La Niña, fenômeno climático oposto ao El Niño, pode começar a atuar ainda neste ano. Pelo menos é o que um novo relatório da Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) sugere.

De acordo com o documento, a possibilidade dele dar as caras durante a primavera no Hemisfério Sul está aumentando. Lembrando que o fenômeno consiste no resfriamento das águas do Oceano Pacífico, causando mudanças na distribuição de chuvas e nas ondas de frio.

Anomalia da temperatura dos oceanos em novembro de 2007, sob influência de um La Niña (Imagem: NASA/Reprodução)

Chances superam os 50%

  • Segundo reportagem de O Globo, a mais recente estimativa aponta que a possibilidade de surgimento do La Niña na estação que começa neste mês de setembro chega aos 56%.
  • Os especialistas norte-americanos destacam que todos os dados indicam para um cenário de preparação para a atuação do fenômeno climático.
  • As temperaturas mais baixas registradas nos últimos dias são um destes sinais.
  • Isso porque o evento favorece a entrada de massas de ar polar, causadoras do frio intenso experimentado no Sul do Brasil, por exemplo.

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Fenômeno climático pode causar aumento das chuvas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil (Imagem: Daniel Tadevosyan/Shutterstock)

O que esperar do La Niña?

O La Niña se caracteriza pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, intensificando os ventos alísios e modificando a circulação atmosférica. Isso pode resultar em aumento de chuvas em certas áreas e estiagem em outras, afetando o clima de forma oposta ao El Niño (aquecimento das águas).

Além das alterações na precipitação, o fenômeno climático também influencia as temperaturas, promovendo tanto ondas de calor quanto períodos inesperados de resfriamento. O último La Niña aconteceu entre 2020 e 2023.

Sul do Brasil pode enfrentar redução das chuvas e estiagem (Imagem: Vladimir Konstantinov/Shutterstock)

No Brasil, a expectativa é que o resfriamento das águas do Pacífico Equatorial tragam mais chuvas para as regiões Norte e Nordeste, elevando o risco de enchentes e de outros eventos extremos. Já o Sul enfrentará um clima mais seco, com possibilidade de geadas tardias e estiagem durante o verão.

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