A Marinha do Brasil e o Ministério da Defesa realizaram na última terça-feira (9) um treinamento militar especial que envolveu a apresentação de novas tecnologia. Essa é uma das etapas da terceira fase da chamada Operação Atlas, que busca a proteção da região amazônica.
O objetivo do projeto é realizar simulações com armamento real para que os soldados tenham contato com um cenário mais próximo ao que pode acontecer no dia a dia, além de ajudar na integração de diferentes unidades. Fora o teste em si, que serve para contextos reais de defesa da região Norte do Brasil, a Marinha aproveitou para apresentar novos armamentos e capacidades de defesa, inclusive contra ciberataques.
Drone militar brasileiro
Um dos destaques da operação é o chamado “drone kamikaze“, uma unidade aérea não tripulada que foi desenvolvida por militares brasileiros do Batalhão de Combate Aéreo. Esse tipo de equipamento de controle remoto, em versões bem mais atualizadas, tem sido utilizado em larga escala em conflitos como a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Esse equipamento vai além das tarefas de reconhecimento e inteligência, sendo capaz de atingir alvos como veículos e aeronaves usando uma carga explosiva acoplada, que também inutiliza o próprio drone — daí o nome, em referência ao pilotos japoneses da Segunda Guerra Mundial.

O drone tem 1,64 metro de envergadura e 65 centímetros de fuselagem ao todo e uma autonomia de 25 minutos de bateria, com controle que vai até 5 km de distância.
Mais da Operação Atlas “Armas Combinadas”
- O treinamento é todo realizado no Campo de Instrução de Formosa, no estado de Goiás, que é utilizado como frequência como “laboratório” desse tipo de operação;
- Ao todo, foram envolvidos 2,5 mil militares da Marinha do Brasil, além de 180 modelos de veículos e aeronaves;
- O armamento mais novo utilizado é o míssil anticarro 1.2 AC MAX, que chega a uma velocidade de 240 m/s e tem alcance de 2 km. Ele é voltado para combater veículos em operações terrestres;
- Outros equipamentos presentes nos testes incluem metralhadoras .50 e o míssil antiaéreo Mistral, que é próprio para defesa antiaérea de curto alcance;
- Já o Esquadrão de Guerra Cibernética da Marinha, que existe há poucos meses, passa por treinos envolvendo “invasões a estações de trabalho” e tarefas para “detectar a origem e o destino dos ataques”.
Segundo a Agência de Notícias da Marinha, as atividades da operação incluem: treinamentos aéreos de interceptação e ataque ao solo; tiros de artilharia, com bateria de obuseiros de 105 milímetros e trajetória curva; simulação de ataque coordenado, com emprego de carros de combate, viaturas blindadas e tropas de infantaria; desativação de artefatos explosivos; e demonstração integrada de todas as unidades participantes.
A atual fase da Operação Atlas será concluída em 11 de outubro, enquanto no dia 16 de outubro as capacidades serão demonstradas inclusive para a imprensa. Depois dessa data, novos materiais em foto e vídeo envolvendo os testes desses equipamentos devem ser disponibilizados ao público.
A China recentemente apresentou novos armamentos, inclusive uma categoria até então inédita para o país de mísseis nucleares. Saiba mais sobre esse assunto neste artigo!