Megavazamento expõe 180 milhões de senhas de Gmail, Outlook e outros

Um megavazamento de dados revelou a exposição de mais de 183 milhões de e-mails e senhas de usuários de diversos provedores, incluindo Gmail, Outlook e Yahoo. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (27) pelo especialista em cibersegurança Troy Hunt, criador do site Have I Been Pwned, que permite verificar se uma conta foi comprometida em incidentes anteriores.

De acordo com Hunt, o megavazamento — que soma cerca de 3,5 terabytes de informações — é um dos maiores já registrados e teria ocorrido em abril de 2025. A origem das credenciais estaria ligada a programas maliciosos conhecidos como “infostealers”, que roubam dados armazenados em dispositivos e os vendem na dark web.

Megavazamento foi confirmado pelo criador do Have I Been Pwned (Imagem: Captura de tela/Site Have I Been Pwned)

Gmail e outros provedores entre os afetados

Segundo Troy Hunt, a base contém registros de múltiplos serviços online. “Todos os principais provedores têm endereços de e-mail lá. Eles vêm de todos os lugares que você possa imaginar, mas o Gmail sempre aparece em grande destaque”, afirmou o especialista ao Daily Mail.

Mais de 90% dos endereços expostos já haviam aparecido em outros vazamentos anteriores. Ainda assim, o novo volume de dados reacendeu o alerta global sobre a segurança das senhas e o uso repetido de credenciais em diferentes plataformas, como Amazon, Netflix e eBay.

Como saber se sua conta foi exposta

Os usuários podem verificar se seus dados foram comprometidos acessando o site Have I Been Pwned. Basta inserir o endereço de e-mail para descobrir se ele foi envolvido em alguma violação nos últimos dez anos.

Caso o endereço esteja entre os comprometidos, o portal exibirá a mensagem “Oh no — pwned!” e listará em ordem cronológica os incidentes nos quais o e-mail foi encontrado, indicando inclusive quais serviços expuseram as informações. Entre os dados que podem ter sido vazados estão nomes, datas de nascimento, senhas, telefones, endereços físicos e nomes de usuário.

O que diz o Google

Em comunicado, a divisão Google Cloud afirmou que os relatos sobre uma violação direta no Gmail são “imprecisos e incorretos”. Segundo a empresa, não houve um ataque direcionado à plataforma, mas sim o roubo de credenciais por meio de softwares maliciosos instalados nos dispositivos das vítimas.

Google Cloud diz não houve ataque direcionado ao Gmail (Imagem: Algi Febri Sugita/Shutterstock)

“O que ocorreu foi um roubo de credenciais, e não uma invasão aos sistemas do Google”, destacou a companhia. O Google recomendou que os usuários ativem a verificação em duas etapas (2FA) e adotem chaves de acesso como alternativa mais segura às senhas tradicionais.

Leia mais:

Como se proteger de megavazamento de dados

Se o seu e-mail aparecer entre os afetados pelo megavazamento, a recomendação é alterar imediatamente a senha e evitar o uso de combinações repetidas em outros serviços. A senha nova deve conter letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos, com pelo menos 12 caracteres.

Também é essencial ativar a autenticação em dois fatores, que pode ser configurada com código por SMS, aplicativo autenticador ou uma chave de segurança física. Assim, mesmo que alguém descubra sua senha, não conseguirá acessar a conta sem a segunda etapa de verificação.

Autenticação de dois fatores é muito recomendada (Imagem: SomYuZu/Shutterstock)

Além disso, o Google orienta revisar dispositivos conectados à conta e remover acessos suspeitos ou aplicativos de terceiros desconhecidos. Manter o software do celular e do computador atualizado e evitar cliques em links suspeitos também são práticas fundamentais para reduzir o risco de novas invasões.

O post Megavazamento expõe 180 milhões de senhas de Gmail, Outlook e outros apareceu primeiro em Olhar Digital.

Related posts

Palpites para Atlético-MG x Independiente Del Valle: Análises e Onde Assistir (28/10/2025)

Atlético-MG x Independiente del Valle: onde assistir, horário e escalações do jogo da Sul-Americana

As mudanças climáticas estão alterando as migrações de baleias