A plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre bateu um recorde interno na detecção de infrações na plataforma a partir dos próprios sistemas. A companhia revelou os resultados em um novo relatório de transparência com dados do primeiro semestre de 2025.
Segundo ela, 99% das infrações de regras internas da plataforma sobre quais produtos podem ou não ser anunciados foram detectadas “de forma proativa”. Em outras palavras, as ações de encontrar e retirar os itens do ar ocorreram a partir de mecanismos de moderação que não exigem a reação a uma denúncia do usuário.
- Só no caso de produtos piratas, foram realizadas “mais de 3,7 milhões de detecções proativas” de infrações aos direitos de propriedade intelectual, ou seja, tentativa de venda dos itens falsificados;
- Esse número significa que 89% dos conteúdos denunciados e apagados por pirataria foram removidos por essas atitudes da própria empresa;
- O trabalho é feito pela Aliança Anti-Pirataria do Mercado Livre (MACA) e por meio de um cadastro no Brand Protection Program (BPP) do serviço, em um esforço conjunto de autoridades, marcas que podem fazer a denúncia de irregularidades e da própria empresa de vendas;
- Ao todo, já são mais de 87 mil direitos de propriedade intelectual cadastrados, facilitando a análise interna;
Essas ferramentas internas incluem a combinação de equipes especializadas, inteligência artificial (IA) e modelos de machine learning que analisam o catálogo. Ao todo, foram avaliadas mais de 647 milhões de publicações no primeiro semestre de 2025 e 1,06% foram removidas depois que o caso foi avaliado, ou seja, as denúncias procederam.
O Brasil teve cerca de 1,33 milhão de publicações detectadas por violar os termos da loja — categoria que envolve também produtos proibidos e sem autorização. Na América Latina, só a Colômbia (3,11 milhões) teve mais alertas no período avaliado.
Mais detalhes da proteção do Mercado Livre
A atuação do Mercado Livre contra falsificações pode ser reflexo de ações recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Eletrônicos piratas da plataforma foram apreendidos na metade do ano em armazéns dela e da rival Amazon, enquanto a empresa tenta reverter no Judiciário as acusações sobre a falta de combate à comercialização dos dispositivos irregulares.
Para além do combate à pirataria, os sistemas da loja online também atenderam mais de 1,4 milhão de pessoas por motivos de privacidade, com 98,3% dos clientes atendidos em casos de acesso, retificação, cancelamento e oposição.
Além disso, foram 384.201 solicitações de informação “por parte de autoridades judiciais e administrativas”, possivelmente para abertura de processos. Nesses casos, o tempo médio de resposta foi de cinco dias. O relatório de transparência completo pode ser lido por meio deste link.
Quer conhecer a origem do Mercado Livre e como ele se tornou essa plataforma tão conhecida no comércio eletrônico nacional? Confira este vídeo feito pelo TecMundo!