A Meta, empresa por trás das redes sociais Instagram e Facebook, anunciou uma nova medida relacionada com a publicidade nessas plataformas. Em breve, ela vai coletar e utilizar até as suas interações com a inteligência artificial (IA) da empresa para escolher que anúncios exibe para você.
O novo mecanismo de processamento de dados compartilhados por você com a da Meta AI começa a valer em 16 de dezembro de 2025. Antes disso, por volta de outubro deste ano, usuários começarão a recebe notificações em ambos os aplicativos para serem avisados sobre essas novas formas de coleta de informações.
A ideia da Meta é utilizar interações com a Meta AI para entender tópicos ou assuntos que são do seu interesse e, com base neles, fazer a recomendação de postagens ou exibir anúncios mais direcionados e precisos. A companhia chama a prática de “personalização de experiências”.

Não será possível ficar de fora dessa coleta e utilização de dados, já que o processamento das informações da Meta AI faz parte dos termos de uso do serviço que o usuário já concorda ao utilizar a plataforma. Uma das poucas exceções dessa política será o Reino Unido, que em breve terá uma versão das redes sociais da Meta que é paga e não exibe anúncios.
Como funciona a coleta de conversas da Meta AI
- De acordo com a Meta, tanto conversas de texto quanto comandos de voz com a Meta AI ou chatbots dela, inclusive aquelas feitas nos óculos inteligentes da Ray-Ban, serão usados para moldar as próximas recomendações nas suas redes sociais;
- Um exemplo citado pela companhia envolve o cenário em que você pergunta para a plataforma sobre trilhas e, em seguida, passa a receber anúncios e postagens sobre grupos de caminhada, montanhas próximas para subir ou propaganda de botas;
- Tópicos como “visões religiosas, orientação sexual, opiniões políticas, saúde, origem ética ou raça, crenças filosóficas ou filiação sindical” não são coletados como parte da política de privacidade da empresa.
Na postagem que confirma a mudança, a Meta diz que não utiliza o microfone dos celulares de usuários sem autorização — algo que foi recentemente reforçado pelo CEO do Instagram após diversas acusações de espionagem do parte das redes sociais ao longo dos anos.
Em uma entrevista com a Bloomberg, uma das gerentes de privacidade da Meta, Christy Harris, afirma que a ideia é ser “supertransparente” com o usuário ao anunciar a medida com meses de antecedência. Ela ainda diz que pesquisas internas da companhia mostram que as pessoas já acham que a Meta usa as interações com IAs para direcionar conteúdo, embora isso ainda não acontecesse oficialmente.
Para além de atalhos em ferramentas como WhatsApp, Facebook e Instagram, a plataforma Meta AI agora também pode ser usada no Brasil em um aplicativo separado. Ela serve para responder questionamentos e criar conteúdos no geral, inclusive textos e imagens.
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