A Meta conquistou uma vitória importante no processo antitruste movido pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC). A decisão conclui que a empresa não detém monopólio no mercado de redes sociais, comenta matéria da CNBC.
O caso ganhou relevância por envolver as aquisições do Instagram e do WhatsApp, que a agência pretendia desfazer.
A decisão que virou o jogo para a Meta
O juiz James Boasberg, de Washington, concluiu que a FTC não comprovou que a empresa segue exercendo poder monopolista. O processo, iniciado há cinco anos, focava nas aquisições do Instagram (US$ 1 bilhão – R$ 5,3 bilhões) e do WhatsApp (US$ 19 bilhões – R$ 101 bilhões).
Segundo Boasberg, “o veredicto do Tribunal hoje determina que a FTC não cumpriu essa determinação”, encerrando uma das maiores disputas recentes envolvendo Big Techs.
Por que o caso avançou e por que acabou caindo
Inicialmente arquivado em 2021 por falta de provas, o caso foi retomado em 2022 após a FTC apresentar novos detalhes sobre usuários e métricas que comparavam a Meta com concorrentes como Snapchat, Google+ e MySpace.
Durante o julgamento, nomes de peso depuseram, incluindo Mark Zuckerberg (CEO da Meta), Sheryl Sandberg (ex-COO da Meta) e Kevin Systrom (cofundador e ex-CEO do Instagram).
Mas, segundo o juiz, a FTC precisava demonstrar uma violação atual, não apenas passada. Com a evolução do mercado e a presença de rivais como TikTok e YouTube, concluiu-se que a Meta enfrenta concorrência intensa.
Ele afirmou que “as pessoas tratam o TikTok e o YouTube como substitutos do Facebook e do Instagram, destacando a importância desse cenário para o veredicto”.
O que fortaleceu a defesa da Meta
A análise do juiz indicou que:
- usuários migraram para plataformas de vídeo;
- a Meta ampliou os investimentos para competir nesse segmento;
- documentos e depoimentos confirmam que rivais também veem a empresa como concorrente relevante.
Para Boasberg, “a Meta não é uma monopolista imune à concorrência”.
Qual o impacto para o setor
A Meta comemorou a decisão judicial afirmando enfrentar “concorrência acirrada” e destacando que seus produtos representam inovação e impulso econômico. Mesmo assim, as ações da companhia reagiram pouco, mantendo alta modesta no ano e abaixo do desempenho de outras big techs.
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O desfecho do processo ocorre após o Google também escapar de punições severas em um caso de monopólio, indicando uma fase de reavaliação das pressões regulatórias sobre grandes empresas de tecnologia.
A decisão reforça ainda uma mudança no mercado de redes sociais, com a empresa disputando espaço em um ambiente mais dinâmico e marcado por rivais em rápida expansão.
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