Meta é acusada de ignorar exploração infantil e tráfico sexual nas redes sociais

Mark Zuckerberg e líderes da Meta estão sendo acusados de ignorar publicações de tráfico sexual e exploração infantil no Instagram e Facebook.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a denúncia desta semana foi feita por investidores da Meta e revela que o conselho da big tech falhou em proteger os interesses da empresa e de acionistas, pois teria ignorado “evidências sistêmicas” de atividades criminosas na plataforma.

Leia mais:

Meta “abandona” metaverso e diz que foco agora é na inteligência artificialExclusivo: Hacker brasileiro derruba perfil pedófilo com quase 100 mil seguidores no InstagramComo fazer Reels com fotos no Instagram

Na última década, as plataformas da Meta ajudaram, apoiaram e facilitaram os perpetradores do tráfico sexual sistêmico generalizado, tráfico humano e exploração sexual infantil que ocorreu em grande escala nas plataformas da Meta. Embora o conselho e a administração saibam sobre essa tendência crescente, tanto a administração quanto o conselho conscientemente fecharam os olhos.

Trecho da acusação.

De acordo com a Agência France-Presse, a ação foi aberta em um tribunal de Delaware, nos Estados Unidos, e pede que Mark Zuckerberg (CEO da empresa), membros do Conselho de Administração e outros executivos sejam responsabilizados pelas atividades criminosas na plataforma. Também foi cobrada uma indenização.

Em comunicado aos veículos de imprensa, o porta-voz da Meta, Andy Stone, disse que a empresa “proíbe a exploração humana e a exploração sexual infantil em termos inequívocos”.

As reivindicações neste processo descaracterizam nossos esforços para combater esse tipo de atividade. Nosso objetivo é impedir que pessoas que buscam explorar outras pessoas usem nossa plataforma, e trabalhamos em estreita colaboração com organizações como Polaris, Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas e Stop the Traffik para informar esses esforços.

Porta-voz da Meta.

Julgamento pode mudar a internet nos EUA

A Suprema Corte dos Estados Unidos continua analisando dois casos que podem mudar a internet como conhecemos. Um envolve o Google e outro o Twitter. Mas, a depender da decisão dos juízes, a nossa relação com as redes sociais pode se transformar.

Resumo

Gonzalez v. Google e Twitter v. Taamneh são dois processos que culpam as plataformas por facilitar os ataques do Estado Islâmico.A decisão final do tribunal sobre esses casos determinará a responsabilidade dos serviços da Web por hospedar atividades ilegais, principalmente se as promoverem com recomendações algorítmicas.A Suprema Corte aceitou os dois processos em outubro: um a pedido de uma família que está processando o Google e outro como defesa preventiva movida pelo Twitter. Os dois casos são os últimos em uma longa série de processos alegando que os sites são legalmente responsáveis ​​por não removerem a propaganda terrorista. 

A maioria desses processos falhou, muitas vezes graças à chamada Seção 230, que protege as empresas da responsabilidade por hospedar conteúdo ilegal. A atividade de moderação de conteúdo por plataformas digitais nos EUA é regulamentada pela Seção 230 do Communications Decency Act (CDA), de 1996. Segundo a norma, provedores de serviços interativos na internet não podem ser considerados porta-vozes do que é publicado por terceiros. Duas exceções foram aprovadas mais tarde, em 2018: alguns conteúdos pirateados e pornográficos.

Gonzales v. Google

Em novembro de 2015, atiradores do ISIS abriram fogo em um restaurante em Paris, matando 130 pessoas – entre as vítimas estava Nohemi Gonzalez, uma estudante de 23 anos.Agora, quase oito anos mais tarde, sua família alega que o YouTube violou a lei e teria atuado como “plataforma de recrutamento” para os extremistas ao recomendar vídeos relacionados ao Estado Islâmico.A Suprema Corte ouve os argumentos da família e do Google.O Google argumenta que a Seção 230 protege a empresa da responsabilidade legal por conteúdo recomendado por algoritmos. 

Twitter v. Taamneh

Em 1º de janeiro de 2017, Abdulkadir Masharipov, um terrorista do ISIS, disparou contra a boate Reina, em Istambul, Turquia, matando 39 e ferindo outras 69. Nawras Alassaf, um cidadão jordaniano que visitava a cidade com sua esposa para as festividades do Ano Novo, estava entre os mortos.Em 2018, quatro parentes de Alassaf, todos cidadãos americanos, entraram com uma ação civil no tribunal federal alegando que Google, Twitter e Facebook eram uma parte crítica do crescimento do ISIS. Eles argumentaram que essas plataformas tinham responsabilidade civil secundária – o que significa que não eram diretamente responsáveis ​​pelo ataque.O Twitter apresentou sua petição com o objetivo de reforçar suas defesas legais caso o tribunal aceitasse os argumentos da família de Nohemi Gonzalez e decidisse desfavoravelmente para o Google.Em sua petição, o Twitter argumenta que, independentemente do resultado do Google com a Seção 230, não é uma violação da lei antiterrorismo simplesmente falhar em banir terroristas usando uma plataforma para serviços de uso geral. 

Imagem destaque: DANIEL CONSTANTE/ Shutterstock.

Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube? Inscreva-se no nosso canal!

O post Meta é acusada de ignorar exploração infantil e tráfico sexual nas redes sociais apareceu primeiro em Olhar Digital.

Related posts

Super Mario Galaxy O Filme: Veja tudo o que sabemos sobre o novo longa da Nintendo

Nintendo Switch: jogos da eShop com até 90% OFF; aproveite

Nova campanha de phishing mira contas corporativas do Google e da Microsoft