A Meta anunciou nesta sexta-feira (25) que vai encerrar a publicidade política, eleitoral e relacionada a questões sociais em suas plataformas na União Europeia. A decisão vem em resposta a uma nova legislação chamada Transparência e Orientação de Publicidade Política (TTPA), que visa ampliar a transparência das empresas de tecnologia no bloco.
A Meta não é a primeira a resistir à lei. O Google também já se demonstrou contrário à regulamentação, preferindo encerrar os anúncios de política do que acatar às novas regras.

Meta encerrará anúncios de política e eleições na União Europeia
A empresa anunciou o encerramento de anúncios políticos, eleitorais e de questões sociais a partir de 10 de outubro, quando a TTPA entra em vigor.
Em comunicado, a Meta afirmou que “a publicidade política on-line é uma parte vital da política moderna, já que conecta as pessoas com informações importantes sobre os políticos que as representam”. No entanto, a legislação da União Europeia cria “um nível insustentável de complexidade e insegurança jurídica para os anunciantes”.
Após conversas com os formuladores de políticas do bloco, a big tech decidiu remover esse tipo de publicidade. Ainda, criticou os efeitos das regras para os usuários europeus, dizendo que elas “removerão efetivamente produtos e serviços populares do mercado, reduzindo a escolha e a concorrência“.
Regulamentações, como a TTPA, prejudicam significativamente nossa capacidade de oferecer esses serviços, não apenas impactando a eficácia do alcance dos anunciantes, mas também a capacidade dos eleitores de acessar informações abrangentes.
Meta, em comunicado

Legislação da União Europeia quer mais transparência por parte das big techs
A TTPA surgiu em decorrência de preocupações relacionadas à desinformação e interferência estrangeira nas eleições de 27 países dentro da União Europeia. As regras entram em vigor 10 de outubro e impõem que as big techs identifiquem com clareza a publicidade política dentro das plataformas, incluindo quem pagou por ela e quanto.
Em caso de descumprimento, as empresas podem ser multadas em até 6% do faturamento anual.

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Meta não é a única a acabar com os anúncios políticos
- Em janeiro deste ano, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, acusou a União Europeia de censurar as plataformas através de regulamentações;
- A empresa de Zuckerberg não é a única a ir contra a TTPA. Em novembro do ano passado, o Google também anunciou que encerraria a publicidade política;
- A decisão de ambas as big techs demonstram uma resistência das plataformas em acatar as medidas de transparência da União Europeia.
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