Mistério dos meteoros duplos da chuva Oriônidas tem explicação simples

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, esta semana aconteceu o pico da chuva de meteoros Oriônidas, evento que ocorre anualmente entre 2 de outubro e 7 de novembro, sendo possível observar de 10 a 20 meteoros por hora no céu durante a atividade máxima.

Pouco antes, na noite da última quinta-feira (16), observadores da costa leste dos EUA foram surpreendidos por uma bola de fogo verde que cruzou o céu, deixando um rastro brilhante e breve antes de desaparecer no horizonte – com grandes chances de ser um meteoro orionídeo.

O fenômeno foi registrado em vídeos e fotos por moradores de vários estados, enviados para a Sociedade Americana de Meteoros (AMS). Em uma das gravações, feita em North Branford, no estado de Connecticut, o que mais chamou a atenção foi a presença de um segundo meteoro que parecia acompanhar o primeiro em movimento sincronizado. As imagens mostram as duas luzes seguindo praticamente lado a lado, até desaparecerem quase ao mesmo tempo, o que levantou dúvidas entre quem assistiu: seriam meteoros “gêmeos” ou apenas uma coincidência visual?

A surpresa não parou por aí. Na noite de sexta (17), outra bola de fogo foi observada na mesma região – e novamente acompanhada por um segundo ponto luminoso. O aparente padrão fez com que muitos acreditassem estar diante de um fenômeno raro, talvez único, dentro da chuva Oriônidas.

Meteoros duplos: fenômeno astronômico raro ou ilusão de ótica?

Mas a explicação científica parece ser bem mais simples. Segundo Robert Lunsford, especialista da AMS, as chamadas “bolas de fogo duplas” provavelmente não passam de uma ilusão de ótica provocada pelas próprias câmeras que registraram o evento. 

Esses equipamentos, usados para monitorar o céu, são protegidos por uma cúpula de acrílico transparente com revestimento antiembaçante – e é justamente essa camada que pode causar reflexos e criar o efeito de duplicação.

“Essas câmeras tendem a gerar imagens duplicadas nos eventos mais brilhantes”, explicou Lunsford ao site Space.com. “As bolas de fogo secundárias aparecem sempre na mesma posição em relação ao meteoro principal, o que indica que o reflexo vem do acrílico e não de um segundo objeto real.”

Ou seja, se você se deparar com vídeos de “bolas de fogo duplas” nas redes sociais, é bem provável que não se trate de um fenômeno astronômico raro e sim de um simples truque de luz.

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Bola de fogo risca o céu do RS

No início desta madrugada, uma bola de fogo da chuva de meteoros Oriônidas riscou o céu do Rio Grande do Sul, conforme mostram imagens captadas por câmeras do Observatório Heller & Jung, localizado em Taquara, a 80 km de Porto Alegre.

De acordo com o responsável pelo observatório, o professor Carlos Fernando Jung, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) na região Sul, ele ingressou na atmosfera à 0h24 (pelo horário de Brasília), a uma altitude de 100 km e se extinguiu a oeste do estado a 52 Km de altitude. Saiba mais detalhes e veja a imagem aqui.

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