Um modder norte-americano foi condenado a pagar US$ 2 milhões à Nintendo após comercializar consoles Switch modificados e dispositivos que permitiam a pirataria. O caso envolve Ryan Daly, fundador da Modded Hardware, que chegou a se defender sem advogado e ignorou notificações prévias da gigante japonesa.
A decisão foi tomada na última sexta (05) e também impede Daly de continuar atuando em qualquer atividade relacionada a modificações de hardware ou distribuição de jogos piratas. O tribunal destacou que a prática gerou prejuízos consideráveis à Nintendo, já que permitia a reprodução ilegal de seus títulos em larga escala.
O processo contra Daly começou em julho de 2024, quando sua empresa foi acusada de vender consoles modificados e dispositivos como o MIG Switch, usados para rodar cópias ilegais. Mesmo após os alertas, o modder manteve as atividades e negou as irregularidades.
Com a sentença, Daly entra para a lista de casos recentes em que a Nintendo adotou medidas duras contra pirataria, seguindo exemplos como o de Gary Bowser — que também foi condenado a multas milionárias e chegou a cumprir pena de prisão.
Modder aceitou pagar 2 milhões para a Nintendo
Após meses de disputas judiciais contra a Big N, Ryan Daly aceitou pagar US$ 2 milhões em acordo com a Nintendo. O valor foi estabelecido como parte de um entendimento extrajudicial que também estabelece uma liminar permanente contra a Modded Hardware.
Segundo os documentos do processo, Daly chegou a prometer que encerraria suas atividades, mas descumpriu o acordo inicial e voltou a comercializar os dispositivos meses depois. Essa atitude, certamente, fez a Nintendo a intensificar a ação nos tribunais.
Com isso, o acordo impede Daly de vender qualquer console modificado, além de compartilhar informações que possam auxiliar terceiros a reproduzir sua prática. A decisão também tem efeito imediato, com proibição permanente de atividades que facilitem a pirataria.
Ainda que o montante seja elevado, o caso de Daly é considerado menor em comparação a outros processos semelhantes — como o de Bowser, condenado a pagar US$ 14,5 milhões à Nintendo por participação em uma operação maior de modchips.
Nintendo venceu processo histórico contra a pirataria no início do ano
A condenação de Daly acontece meses após a Nintendo vencer uma disputa judicial histórica na Suprema Corte da França contra a empresa Dstorage — responsável pelo site 1fichier.com. O processo foi considerado um marco para a indústria de games.
A ação teve início em 2021, quando a Nintendo acusou a Dstorage de hospedar cópias ilegais de jogos do Switch. Após várias instâncias, incluindo recursos da empresa, a justiça francesa confirmou que serviços de hospedagem devem remover conteúdos piratas mediante solicitação de detentores de direitos autorais.
A decisão resultou em multa de mais de € 935 mil contra a Dstorage, além de abrir precedente para que outras companhias de tecnologia sejam responsabilizadas pelo conteúdo armazenado em suas plataformas.
Segundo a Nintendo, o julgamento reforça o compromisso da empresa em proteger seus jogos e apoiar desenvolvedores que atuam de forma legítima, destacando também os riscos que cópias piratas podem trazer à experiência dos jogadores.
Nintendo não deixa nada passar — nem Pal e nem supermercado
Vale lembrar que em novembro do ano passado a gigante japonesa também processou um streamer que transmitia os jogos pirateados do Switch em plataformas como YouTube e Twitch.
Jesse Keighin, streamer conhecido como Every Game Guru, transmitiu “repetidamente” jogos pirateados do Switch em seus canais. Além disso, ele ainda provocava a gigante japonesa, afirmando que não poderia ser pego por isso.
Certamente, nem alvos grandes estão “seguros” — como é o caso da Pocketpair, responsável por Palworld, o “Pokémon com armas”. Em setembro do ano passado, a Nintendo foi ao Tribunal Distrital de Tóquio para processar o estúdio por violação de patentes. Os detalhes na íntegra você pode conferir neste link!
No entanto, o caso mais absurdo aconteceu recentemente. A Nintendo perdeu uma batalha judicial contra um supermercado da Costa Rica, processado pela empresa no ano passado apenas por ter o nome de “Super Mario”. Que doidera, não?
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