A EA está investindo pesado no próximo jogo da franquia Battlefield, que tem previsão de chegar ao PC e consoles em março de 2026. Chamado informalmente de Battlefield 6, o título promete retornar ao estilo moderno de combate visto em BF3 e BF4 e já teria custado uma fortuna para ser desenvolvido.
Segundo reportagem da Ars Technica, o desenvolvimento da sequência tem sido complexo e caro — com orçamento estimado acima de US$ 400 milhões. A EA teria convocado múltiplos estúdios para trabalhar no projeto, o que pode ter gerado tensões internas, principalmente entre a DICE e a liderança da empresa, que assumiu mais controle após o desempenho abaixo do esperado de Battlefield 2042.
Além do tradicional multiplayer, Battlefield 6 também deve contar com conteúdo singleplayer, modo gratuito, ofertas premium e recursos voltados à comunidade.
Battlefield 6 visa atingir número exorbitante de jogadores, mas meta estaria afetando a saúde mental dos desenvolvedores
Aparentemente, uma grande fonte de problemas no desenvolvimento de Battlefield 6 tem sido as metas de número de jogadores estabelecidas pela liderança da EA.
O relatório da Ars Technica indica que a empresa estabeleceu uma meta de 100 milhões ou mais de jogadores em um período determinado. Segundo o relatório, parece que a EA quer competir diretamente com outros grandes jogos de tiro já estabelecidos no mercado — como Call of Duty e Fortnite.

“Obviamente, Battlefield nunca atingiu esses números antes”, disse um funcionário da EA ao Ars Technica. “É importante entender que, mais ou menos no mesmo período, [Battlefield 2042] alcançou apenas 22 milhões”, disse outro. Até mesmo Battlefield 1 de 2016, o jogo de maior sucesso da franquia em números, alcançou “talvez mais de 30 milhões”.
Tal meta de atingir mais de 100 milhões de jogadores pode estar sendo um problema para o time de desenvolvimento — principalmente para a saúde mental dos desenvolvedores.
As fontes da reportagem relatam casos de esgotamento mental e licenças médicas prolongadas entre os desenvolvedores, que enfrentam pressão para cumprir prazos agressivos. Muitos têm começado o expediente em horários muito cedo para alinhar com colegas em diferentes fusos horários.
Campanha singleplayer também estaria com problemas
Além das supostas metas mirabolantes e os problemas internos de produção, a campanha singleplayer do novo Battlefield também parece estar enfrentando contratempos.
A campanha deveria ser gerenciada pela desenvolvedora Ridgeline Games, mas aparentemente o estúdio não conseguiu atingir os marcos exigidos.
De acordo com a reportagem, a alta liderança responsável pelo projeto estava insatisfeita com o progresso da Ridgeline. Com isso, o estúdio acabou sendo fechado e o desenvolvimento teria sido transferido para a Criterion, DICE e Motive.

No entanto, fontes indicaram que a Ridgeline enfrentou alguns problemas ao tentar desenvolver a campanha, especialmente devido às tentativas do estúdio de aumentar a equipe de desenvolvimento.
“Eles continuaram realocando verbas — essencialmente, meses de trabalho — do nosso orçamento”, disse uma pessoa. “E, sabe, estamos lá tentando nos adaptar a fazer mais com menos”.
Quando chegou a hora de entregar o desenvolvimento para os outros estúdios, de acordo com uma fonte ouvida pelo Ars Technica, “Não havia essencialmente nada que a Ridgeline tivesse passado dois anos trabalhando que eles pudessem retomar e desenvolver, então eles tiveram que refazer essencialmente tudo do zero dentro das mesmas restrições de quando o jogo deveria ser lançado”.
A EA deve revelar oficialmente o novo Battlefield muito em breve — mas o lançamento já está confirmado para março de 2026. Ansioso por ele? Comente suas expectativas nas redes sociais do Voxel!