Apresentado durante um turbilhão de anúncios na Summer Game Fest, o multiplayer Wildgate está disponível de graça até o dia 16 em seu beta aberto, que está ganhando destaque no festival de demonstrações da Steam. Após testar o jogo de estreia da produtora Moonshot, acabei lembrando de outro projeto com temática espacial que tive o privilégio (ou desgraça) de jogar: Concord.
O jogo da PlayStation ficou conhecido como um dos maiores fracassos da história da marca, com um lançamento desastroso que acabou no projeto sendo retirado das lojas e seu estúdio, fechado. No entanto, a relação mental que fiz com Wildgate não envolve a morte de Concord: na verdade, após testar o novo multiplayer, me dei conta que o blockbuster da PlayStation poderia ter sido um sucesso caso seguisse algumas das ideias presentes no game da Moonshot.
O que diabos é Wildgate?
Concord foi lançado com uma temática espacial repleta de personagens diferentes, com um gameplay em terceira pessoa de hero shooter, nos moldes de Overwatch. O jogo mostrava uma tripulação de renegados que lutava e roubada na galáxia, mas todas as partidas eram sempre iguais: dois times se atirando para ver quem conseguia mais kills.
Wildgate segue um outro caminho para entregar uma experiência que realmente se aproveita da temática galáctica. Aqui, você também faz parte de um time que pilota uma nave espacial, rouba artefatos e combate outras tripulações. A diferença é que tudo isso faz parte do gameplay.
Trazendo perspectiva em primeira pessoa, o jogo conta com personagens diferentes, cada um com suas habilidades, que devem trabalhar em conjunto para literalmente pilotar uma nave, batalhar contra embarcações inimigas e, também, roubar artefatos disponíveis no mapa. Tudo isso com um estilo gráfico bonitinho e dublagem em português brasileiro.
Gameplay aberto e cheio de possibilidades
Em uma área aberta chamada de Orla, a equipe precisa bolar estratégias para explorar locais em busca de recursos e tesouros escondidos, que podem estar atrás de armadilhas e inimigos controlados por inteligência artificial. Ao mesmo tempo, é preciso ficar ligado em naves inimigas, pois outros jogadores podem aparecer a qualquer momento e tentar explodir o seu veículo, dando fim à sua participação na partida.
O clima de exploração e combate PvP também envolve a busca por outros recursos, como oxigênio e combustível para a nave. Você até mesmo precisa resfriar o núcleo para garantir que tudo fique no lugar e nada exploda até uma extração bem sucedida.
A combinação desses elementos garantem uma jogabilidade variada e que aproveita muito bem a ambientação espacial. Já as batalhas combinando PvP e PvE em grandes embarcações remetem a títulos populares como Sea of Thieves. Quando vemos que o estúdio por trás do game possui veteranos que trabalharam em Starcraft e Hearthstone, todo esse apelo começa a fazer sentido, o que pode ajudar o título a se destacar em um mercado bem competitivo.
Wildgate pode ter o mesmo fim de Concord?
Enquanto Wildgate possui um gameplay sólido e bem produzido, o mercado de jogos online está cada vez mais competitivo. Enquanto Wildgate contou com um fluxo rápido de partidas no seu beta grátis, o jogo chegará na Steam e consoles como um produto pago — pelo menos, todo o material divulgado não aponta que o jogo será free-to-play.
O beta aberto pode ser uma boa forma de o jogo garantir fãs até o lançamento em 22 de julho, mas será preciso muito mais do que isso para o projeto se manter. O próprio Concord, por exemplo, foi anunciado com um preço pago, sem microtransações e um longo planejamento de conteúdos, e nem mesmo o logo da PlayStation Studios foi capaz de salvá-lo.
O gameplay de Wildgate é bastante promissor, mas exige que mais pessoas estejam presentes, principalmente conhecidos, para que a experiência fique realmente divertida. Com isso, a menos que a barreira de preço de entrada seja acessível, ainda existe a chance desse título bem feito acabar ficando à deriva no espaço.
O beta aberto de Wildgate está disponível até este domingo, dia 16 de junho, no PC, PS5 e Xbox Series S e X. E aí, você vai dar uma chance ao game? Comente nas redes sociais do Voxel.