Após meses de proibição, a Nvidia recebeu uma autorização do governo dos Estados Unidos para a retomada da venda de chips para a China. O sinal verde foi considerado uma grande vitória de Jensen Huang, CEO da gigante da tecnologia.
Para conseguir voltar a fazer comércio com os chineses, no entanto, a big tech se comprometeu em repassar parte de suas receitas para a Casa Branca. O mesmo acordo foi firmado pela AMD, outro importante player do setor.
Medida deve encher os cofres da Casa Branca
De acordo com reportagem do The Wall Street Journal, as duas empresas irão repassar 15% da receita com vendas de chips na China ao governo dos Estados Unidos. O compromisso foi firmado como parte de um acordo com o governo Trump para obter licenças de exportação dos semicondutores.
Para analistas da Bernstein, companhia que realiza análises e previsões sobre o mercado financeiro, a Nvidia pode vender cerca de 1,5 milhão de chips H20 em território chinês apenas neste ano. Isso geraria uma receita de aproximadamente US$ 23 bilhões (quase R$ 125 bilhões). Não foi informado qual deverá ser o destino dos valores repassados para a Casa Branca.
A fabricante de chips não negou que tenha aceitado o acordo. Em comunicado, a empresa se limitou a dizer que segue as regras estabelecidas pelo governo dos EUA para atuação em mercados globais. Já a AMD não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
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Nvidia pressionou pela volta do comércio com a China
- A autorização para retomada das vendas dos chips da Nvidia para a China aconteceu após uma reunião do CEO da empresa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
- Huang já havia se manifestado publicamente contra os controles de exportação dos EUA.
- Segundo ele, a proibição das vendas é prejudicial até mesmo para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.
- Neste sentido, a Nvidia vinha tentando se equilibrar entre as duas principais potências globais.
- De um lado, garantindo que vai realizar novos investimentos em território norte-americano.
- E de outro, tentando manter sua participação no mercado chinês.
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