Você sabia que até os ratos gostam de uma boa brincadeira? Uma pesquisa revelou que esses pequenos animais soltam “risadas” em frequências ultrassônicas e buscam ativamente por diversão quando recebem carinho.
A descoberta da risada ultrassônica
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Sinal de alegria
Ao receberem cócegas, os ratos emitem assobios de 50 kHz, uma frequência impossível de ser ouvida pelo ouvido humano.
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Interação lúdica
Os pesquisadores simularam brincadeiras manuais para observar como o cérebro do animal reagia ao estímulo prazeroso.
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Após a brincadeira, os ratos corriam atrás da mão do cientista e “pediam” mais cócegas, demonstrando alto nível de diversão.
Este comportamento fascinante foi detalhado em um artigo científico publicado na revista Science, em 2016, no qual os pesquisadores da Universidade Humboldt de Berlim demonstraram que os ratos não apenas apreciam o contato físico, mas emitem sons de alta frequência que funcionam como risadas. Isso prova que o bom humor e a diversão existem em seres minúsculos.
O centro do prazer no cérebro dos roedores
A pesquisa foi além da observação visual e sonora, monitorando a atividade neural dos ratos durante as sessões de carinho. Os cientistas focaram no córtex somatossensorial, a área do cérebro responsável por processar o toque. Eles perceberam que as células nervosas nessa região disparavam intensamente quando o animal recebia cócegas.
O mais impressionante é que essas mesmas células eram ativadas quando o rato apenas via a mão do pesquisador se aproximando para brincar, ou quando ele corria alegremente pela gaiola. Isso sugere que a antecipação do prazer e a brincadeira em si estão profundamente conectadas na biologia desses roedores, refletindo uma forma de consciência emocional.
Como os cientistas mediram a felicidade animal
Para garantir que os sons emitidos não eram sinais de estresse, a equipe utilizou microfones especiais e comparou as reações em diferentes ambientes. Veja na tabela abaixo como os ratos se comportam dependendo do tipo de estímulo e da situação em que se encontram.
O impacto na compreensão da alegria animal
Essa descoberta revoluciona a forma como entendemos a vida interna de animais que muitas vezes são vistos apenas como pragas ou ferramentas de laboratório. Saber que um rato pode sentir alegria e expressar bom humor através de risadas aproxima a experiência emocional deles da nossa, levantando questões importantes sobre empatia e bem-estar.
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A diversão, que antes era considerada uma característica de animais com cérebros muito grandes, como golfinhos e chimpanzés, agora se mostra presente em estruturas neurais muito menores. Isso sugere que a capacidade de brincar e sentir prazer é uma ferramenta evolutiva antiga e essencial, que ajuda na coesão social e no desenvolvimento saudável de diversas espécies ao redor do mundo.
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