Imagine condensar toda a produção digital da humanidade em um volume tão pequeno quanto um pingo d’água. Essa realidade está mais próxima graças ao uso de moléculas de DNA como mídia de armazenamento.
O funcionamento da gravação de dados em moléculas biológicas
De acordo com os avanços apresentados pelo Wyss Institute da Universidade de Harvard, essa abordagem resolve o problema do espaço físico e da degradação de materiais sintéticos.
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Codificação digital
Os bits tradicionais (0 e 1) são traduzidos para as quatro bases químicas do DNA: adenina, citosina, guanina e timina.
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Síntese em laboratório
Após a tradução, as sequências são fabricadas artificialmente, transformando o arquivo digital em uma substância física tangível.
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Recuperação de arquivos
Para ler as informações, utiliza-se o sequenciamento genético, convertendo as bases químicas de volta para o formato digital original.
A incrível densidade e durabilidade do HD vivo
Diferente de HDs externos ou servidores de nuvem que podem falhar em poucos anos, o DNA é um meio de armazenamento extremamente resiliente. Quando mantido em condições ideais de temperatura e luz, ele pode preservar dados por milhares de anos sem qualquer perda de integridade. Isso o torna a solução perfeita para o arquivamento histórico da humanidade.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Além da resistência, a densidade é o ponto mais impressionante dessa tecnologia. Um grama de DNA é capaz de armazenar cerca de 215 petabytes de dados. Na prática, isso significa que um pequeno frasco com a substância poderia conter todas as fotos, vídeos e documentos gerados pelo mundo até hoje, ocupando menos espaço do que uma caixa de sapatos.
Vantagens do DNA frente aos métodos tradicionais de armazenamento
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Os próximos desafios para a popularização do chip biológico
Apesar do potencial revolucionário, a tecnologia ainda enfrenta barreiras econômicas. Atualmente, o custo para sintetizar e ler o DNA artificial é elevado, o que limita o uso a projetos de arquivamento governamental ou científico de longo prazo. No entanto, a velocidade com que o sequenciamento genético está barateando indica que essa barreira pode cair na próxima década.
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A integração entre biologia e computação promete mudar a forma como interagimos com a memória digital. Com o refinamento dos métodos de escrita e leitura, o DNA deixará de ser apenas a base da vida para se tornar o alicerce de uma nova era da informação, garantindo que o conhecimento humano nunca seja esquecido por falta de espaço ou falha técnica.
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