Ver uma estrela cadente riscando o céu noturno é um espetáculo visual. Esse fenômeno luminoso, conhecido como meteoro, desperta curiosidade sobre o que são esses objetos que vem do espaço. Afinal, qual é a diferença entre um meteoro e um meteorito? Os nomes parecem semelhantes, mas representam eventos significativamente diferentes.
Resumindo, podemos dizer que um meteoro ocorre quando um pedaço de rocha espacial entra em nossa atmosfera, queima e cria um rastro brilhante no céu. Já um meteorito é o fragmento desse objeto que sobrevive à passagem atmosférica e atinge o solo.
Apesar de ambos estejam relacionados, a distinção é importante: nem todo meteoro chega a se tornar um meteorito. Na maioria das vezes, esses objetos espaciais têm diferentes origens.
O que é meteoro e meteorito?
A maioria desses objetos vem de asteroides que orbitam o Sol e colidem eventualmente com a Terra, mas alguns podem ser restos de cometas. Por serem fragmentos de outros mundos, os meteoritos possuem grande valor científico, pois podem responder mistérios sobre o espaço.
“Cientistas estimam que cerca de 48,5 toneladas de material meteórico caem na Terra todos os dias. Quase todo o material é vaporizado na atmosfera terrestre, deixando um rastro brilhante carinhosamente chamado de ‘estrelas cadentes’”, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA (NASA) explica em uma publicação oficial.
O que é meteoro
Um meteoro é o fenômeno luminoso que observamos quando um objeto espacial entra em alta velocidade na atmosfera terrestre. Ao chegar no ar, esse fragmento, que geralmente é pequeno, sofre um intenso aquecimento por fricção com os gases atmosféricos e começa a queimar.
O resultado é um brilho intenso que forma um rastro incandescente no céu, um evento conhecido como “estrela cadente”.
Apesar do nome “estrela”, o meteoro não é realmente uma estrela. Na maioria das vezes, são partículas de poeira de cometas ou pequenos pedaços de asteroides que se desintegram totalmente antes de alcançar o solo.
O que é meteorito
Já um meteorito é um fragmento de rocha que sobrevive à viagem pela atmosfera. Ou seja, quando o objeto não queima totalmente como meteoro e consegue atingir o chão, ele recebe o nome de meteorito. Diferente do meteoro, o meteorito é um objeto rochoso que podemos coletar e estudar.

A maioria dos meteoritos se origina de asteroides do principal cinturão de asteroides do Sistema Solar, entre Marte e Júpiter. Esses asteroides podem colidir entre si e gerar fragmentos que vagam pelo sistema por milhões de anos até que, eventualmente, encontrem a Terra.
Os meteoritos encontrados no nosso planeta variam muito de tamanho. Podem ser tão pequenos quanto uma “pedrinha” ou ter centenas de quilos. O maior meteorito já descoberto intacto pesa em torno de 60 toneladas.
Existe diferença entre meteoro e meteorito?
Apesar de existirem relações entre os eventos, meteoro e meteorito não são o mesmo; a diferença fundamental está no destino do objeto. Se ele queima completamente no ar, fica apenas no estágio de meteoro, mas se parte dele resiste e cai no solo, ele é um meteorito.
“Um pequeno corpo começa sua vida como um meteoroide flutuando pelo espaço entre os planetas até que ele faz um raio de luz brilhante na atmosfera da Terra como um meteoro e então, se não for consumido pelo aquecimento por atrito, finalmente pousa no chão como um meteorito”, a enciclopédia Britannica descreve.
Por que muitos meteoros não viram meteoritos?
A grande maioria dos meteoros não chega a se tornar meteorito por um motivo simples: eles se desintegram totalmente durante a passagem pela atmosfera.
Quando um fragmento entra na atmosfera terrestre a milhares de quilômetros por hora, ele enfrenta o atrito extremo com o ar. Esse atrito gera calor intenso, fazendo o objeto esquentar e explodir em pedaços menores, como grãos de poeira ou pedras do tamanho de um feijão.
Outro fator é a composição do objeto, já que fragmentos rochosos porosos ou feitos de gelo e poeira são menos resistentes e tem mais facilidade de se pulverizar na atmosfera.

Por isso, muitos meteoros riscam o céu e se apagam sem deixar vestígio físico. Em resumo: eles não viram meteoritos porque morrem como “estrelas cadentes”, consumidos pelo calor e pressão.
Quais são os tipos de meteoritos conhecidos pela ciência?
Os meteoritos que recuperamos na Terra não são todos iguais, eles se dividem em categorias conforme sua composição e origem. Os cientistas classificam os meteoritos em três tipos principais:
Meteoritos metálicos
Os meteoritos metálicos, ou ferrosos, são formados predominantemente por ferro e níquel. Eles geralmente se originam do núcleo de asteroides que foram destruídos há muito tempo.
Visualmente, meteoritos metálicos costumam ter aparência de metal e são bem mais densos e pesados do que rochas comuns de mesmo tamanho. Eles também são mais fáceis de identificar, por isso grande parte dos meteoritos descobertos em museus são metálicos.
Meteoritos rochosos
Os meteoritos rochosos são compostos principalmente por silicatos e outros minerais rochosos; eles têm a aparência semelhante às rochas vulcânicas da Terra. Esse tipo representa cerca de 90% dos meteoritos que caem em nosso planeta, e a maioria vem da crosta ou manto de asteroides que se “partiram” em colisões.
Por serem mais parecidos com rochas terrestres e menos densos que os meteoritos metálicos, muito rochosos só são reconhecidos quando examinados de perto ou por especialistas.
Meteoritos mistos (rochosos e metálicos)
Também existem meteoritos compostos por metal e rocha, conhecidos como meteoritos mistos, ou ferro-rochosos. Um exemplo famoso desse tipo são os palasitos, em que cristais de um mineral ficam incrustados em uma estrutura metálica.
Por unirem características dos dois grupos anteriores, meteoritos mistos podem ser reconhecidos tanto pela densidade quanto pela aparência multicolorida se cortados.
Qual foi o maior meteorito já encontrado?
O maior meteorito já descoberto na Terra é o meteorito Hoba, na Namíbia (África). Ele tem aproximadamente 60 toneladas e cerca de 2,7 metros de comprimento, formado principalmente por ferro e níquel.
Esse objeto foi encontrado por um fazendeiro em 1920 e é tão pesado que nunca chegou a ser removido do local; até hoje permanece onde caiu e se tornou uma atração turística. Diferentemente do meteorito que ajudou a aniquilar os dinossauros, o Hoba não deixou cratera quando chegou à Terra.
Em 1916, relatos mencionaram um suposto meteorito gigante nas proximidades de Chinguetti, na Mauritânia, estimado em mais de 100 toneladas. Apesar das buscas, o objeto nunca foi encontrado.
Nem todo meteorito causa destruição; em certos momentos da história, o impacto de uma rocha espacial ajudou o nosso planeta. Quer saber mais? Entenda como a queda de um meteorito gigante impulsionou a vida na Terra há 3,26 bilhões de anos. Até a próxima!