Como você viu aqui no Olhar Digital, a Meta lançou seus novos modelos de óculos inteligentes da marca Ray-Ban, incluindo o primeiro com tela integrada. Eles são controlados por uma pulseira que detecta pequenos movimentos dos dedos e permite que o usuário navegue pelas funções de forma prática.
O que muita gente talvez não saiba é que os óculos de IA da empresa estão sendo usados por pessoas com deficiência visual para as tarefas do dia a dia. “Os óculos facilitam minha vida”, comentou Emeline Lakrout, cega desde os 8 anos, em entrevista à CBS News.
Como a tecnologia da Meta pode auxiliar essas pessoas?
Projetados originalmente para a transmissão de vídeos e interação com o ambiente por meio da IA, os óculos da Meta agora podem se conectar ao aplicativo “Be My Eyes”, que identifica objetos e lê textos em voz alta. Entre as funções que auxiliam os usuários, estão:
- Leitura de cardápios, rótulos de produtos, recibos e correspondências.
- Reconhecimento de placas, mapas, nomes de edifícios e estações de metrô.
- Maior independência e facilidade de interação com o ambiente.
Como contam com tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), os óculos transformam textos escritos em áudio, ajudando pessoas cegas ou com baixa visão a entender melhor o que há ao seu redor.
Ainda há muito o que melhorar
Apesar dos benefícios, ainda há alguns pontos que os óculos inteligentes da Meta precisam melhorar. Em um teste, Lakrout conseguiu ler o cardápio, mas não os preços dos pratos. Além disso, o uso dos recursos consome muita bateria, exigindo cargas constantes.
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[Eles] funcionam bem para algumas coisas, mas não funcionam bem em outras.
Mark Riccobono, presidente da Federação Nacional de Cegos dos Estados Unidos, à CBS News.
Mesmo assim, Riccobono destaca a importância da Meta ter se interessado em trabalhar com pessoas cegas para melhorar a tecnologia e torná-la mais precisa, significativa e útil no dia a dia, aumentando a independência de quem tem deficiência visual.
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