Durante a transmissão ao vivo de lançamento do GPT-5, na quinta-feira (7), a OpenAI exibiu gráficos com erros visíveis de escala. As falhas chamaram a atenção do público, que notou que algumas barras não correspondiam aos valores apresentados.
O CEO da empresa, Sam Altman, reconheceu o problema em uma publicação nas redes sociais, descrevendo o caso como um “mega chart screwup” — algo como “erro colossal de gráfico” — e a equipe de marketing pediu desculpas pelo que chamou de “crime gráfico não intencional”.
this screenshot from GPT-5 livestream has to be among the worst chart crimes of the century pic.twitter.com/HXsK2CWCon
— Ege Erdil (@EgeErdil2) August 7, 2025
Erros de proporção e dados inconsistentes
Um dos gráficos comparava a taxa de “decepção em código” entre modelos. Nele, o GPT-5 com recurso de “pensamento” aparecia com 50%, enquanto o modelo o3 registrava 47,4%. Apesar de a diferença ser pequena, a barra do o3 foi exibida como significativamente maior, contrariando os valores.
Outro exemplo mostrou percentuais de 69,1% e 30,8% com barras do mesmo tamanho. Já uma taxa de 52,8% foi apresentada com uma barra maior que as de valores superiores. No blog oficial da OpenAI, as informações foram corrigidas, com números diferentes dos exibidos na apresentação — no caso da “decepção em código”, a taxa do GPT-5 foi ajustada para 16,5%.
Reação e correções
Após o evento, Altman comentou publicamente sobre a falha, afirmando que a versão correta dos gráficos estava disponível no site da empresa. Um integrante da equipe de marketing reforçou o pedido de desculpas e informou que os erros foram corrigidos na publicação oficial.
Não há confirmação se as imagens foram geradas por inteligência artificial. A OpenAI não respondeu a questionamentos adicionais do Business Insider sobre a origem dos gráficos. O episódio aconteceu no mesmo dia em que a empresa destacou avanços do GPT-5 na redução de “alucinações” em respostas.
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Casos semelhantes no setor
Erros em apresentações de tecnologia não são novidade. Em 2023, durante o anúncio do Bing com IA, a Microsoft apresentou respostas incorretas sobre um aspirador de pó, listando desvantagens que não correspondiam ao produto. No mesmo ano, o Google mostrou uma propaganda do Bard — hoje chamado Gemini — com informações equivocadas sobre o telescópio James Webb.
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