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OpenAI é processada por disputa de nome em recurso do Sora 2

by Fesouza
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A startup norte-americana Cameo, conhecida por conectar fãs a celebridades por meio de vídeos personalizados, entrou com um processo contra a OpenAI nos Estados Unidos. A ação, movida no Tribunal Federal da Califórnia, acusa a criadora do ChatGPT de violar marca registrada e praticar concorrência desleal ao utilizar o termo “cameo” em um novo recurso do aplicativo de vídeo gerado por IA, o Sora 2.

De acordo com o processo, o uso da palavra “cameo” pelo Sora seria uma tentativa de “trafegar sobre a reputação” que a plataforma original construiu desde 2017. A empresa alega que a escolha do nome pela OpenAI gera confusão entre consumidores e ameaça associar sua marca a “conteúdos falsos, apressados e de baixa qualidade produzidos por IA”.

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Cameo é uma startup especializada em vídeos personalizados de celebridades para fãs (Imagem: Tada Images / Shutterstock.com)

O termo “cameo” é usado para descrever uma participação breve de uma pessoa famosa em um filme, série ou vídeo, geralmente como uma aparição especial ou divertida. No cinema, por exemplo, diretores como Alfred Hitchcock e Stan Lee ficaram conhecidos por fazer cameos em suas próprias produções. O nome da empresa norte-americana surgiu dessa ideia: permitir que fãs encomendem vídeos curtos com celebridades, como se fossem pequenas aparições personalizadas.

Disputa por marca e identidade digital

Na ação apresentada em 28 de outubro, a Cameo afirma que o recurso do Sora permite aos usuários criar avatares digitais próprios ou de celebridades para uso em vídeos. Alguns artistas, como Jake Paul e Mark Cuban, teriam autorizado o uso de suas imagens na ferramenta — o que, segundo a denúncia, amplia a confusão com o serviço original da Cameo, que também oferece vídeos personalizados com figuras públicas.

A empresa sustenta que o público passou a confundir as duas plataformas. O documento cita casos de usuários que enviaram dúvidas ao suporte da Cameo acreditando estar se referindo ao app da OpenAI, além de publicações em redes sociais que marcaram erroneamente o perfil oficial da companhia.

O processo descreve ainda que sites de terceiros, como “SoraCameos.app” e “CameoSora.com”, surgiram após o lançamento do recurso, reforçando o argumento de que a marca estaria sendo diluída. A Cameo pede uma indenização em valor não especificado e requer que a Justiça proíba a OpenAI de usar o termo “cameo” em qualquer produto ou serviço.

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“Tentamos resolver de forma amigável”

Em declaração ao The Verge, o CEO da Cameo, Steven Galanis, disse que a empresa buscou uma solução extrajudicial antes de recorrer à Justiça. “Não tomamos litígios de forma leviana. Tentamos resolver a questão com a OpenAI de maneira amigável, mas eles se recusaram a parar de usar o nome Cameo em seu novo recurso do Sora”, afirmou. “Para proteger fãs, talentos e a integridade do nosso marketplace, não vimos outra opção a não ser mover esta ação.”

Resposta da OpenAI

Procurada, a OpenAI afirmou estar analisando o processo e declarou que discorda da alegação de exclusividade sobre o termo “cameo”. Em nota enviada à Reuters, um porta-voz da empresa disse que “ninguém pode reivindicar propriedade exclusiva sobre uma palavra de uso comum”.

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A OpenAI afirma qie discorda da exclusividade do termo “cameo” por parte da startup (Imagem: Teacher Photo / Shutterstock)

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