Após muito tempo de promessas e adiamentos, a OpenAI lançou na última terça-feira (05), dois modelos de IA no formato de código-aberto para o público. Chamados de gpt-oss, os modelos racionais conseguem trabalhar com até 120 bilhões de parâmetros e funcionam até mesmo em máquinas cotidianas, como notebooks.
O primeiro modelo, gpt-oss-120b, é esse com 120 bilhões de parâmetros, enquanto o gpt-oss-20b é mais levinho e suporta apenas 20 bilhões. Vale notar que o primeiro pode ser rodado em uma única GPU Nvidia que suporte aceleração de IA, ou seja, quase todas disponíveis atualmente. Já o segundo sequer precisa de uma placa gráfica dedicada e funciona em laptops com 16 GB de RAM.
Por mais que os nomes não sejam tão convidativos, esses modelos compartilham similaridades com outras tecnologias da OpenAI. O gpt-oss-20b, por exemplo, tem uma capacidade racional bem similar ao do modelo o3-mini, enquanto o gpt-oss-120b opera de maneira parecida com o o4-mini.
Movimento estratégico
Embora pareça um simples anúncio, a chegada do gpt-oss representa o lançamento dos primeiros modelos open-source da OpenAI desde o GPT-2 de 2019. De lá para cá a empresa lançou somente modelos de código fechado, e a novidade marca uma movimentação estratégica no mercado e inteligência artificial.
- Ao lançar modelos open-source, a OpenAI rivaliza diretamente com empresas que já trabalham nesse formato, como DeepSeek e Meta;
- O objetivo é criar uma espécie de senso de dependência nos usuários das tecnologias da companhia;
- Com isso, a empresa pode “fisgar” mais consumidores com seus modelos abertos, que no futuro podem se tornar compradores de versões fechadas;
- O formato open-source também possibilita maior integração do serviço em outros ecossistemas e mais feedbacks de melhoria para a empresa.
Mesmo que tenha sido recebida com entusiasmo, alguns especialistas têm ressalvas quanto aos modelos de IA open-source. O temor é que eles sejam usados para ataques maliciosos, mas a OpenAI garante que “testou rigorosamente” os modelos para garantir a não utilização dos mesmos em cibersegurança e como armas biológicas.
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