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OpenAI prepara entrada na bolsa e pode valer até US$ 1 trilhão, diz agência

by Fesouza
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A OpenAI se prepara para entrar na bolsa de valores. Após meses de negociações com autoridades americanas e um acordo histórico com a Microsoft, a empresa de Sam Altman planeja abrir capital com uma avaliação que pode chegar a US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5,7 trilhões), segundo a Reuters. Isso colocaria a desenvolvedora do ChatGPT entre as companhias mais valiosas do planeta.

A movimentação marca a virada definitiva da OpenAI. Nascida como um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos, a empresa agora assume um modelo corporativo voltado à captação de recursos e à expansão global de sua infraestrutura de inteligência artificial (IA). Esse projeto envolve investimentos trilionários e alianças com gigantes como Oracle, SoftBank, Nvidia e CoreWeave.

O que (provavelmente) está nos planos da OpenAI

Depois de anos de incertezas e disputas sobre seu modelo de negócios, a OpenAI saiu do impasse com uma nova estrutura de poder e ambição. 

A empresa agora funciona como uma corporação de benefício público, supervisionada pela OpenAI Foundation, entidade sem fins lucrativos que continua com o controle estratégico. 

Essa mudança permite à companhia levantar recursos de investidores, financiar sua expansão e competir em pé de igualdade com as maiores empresas de tecnologia do mundo – sem, em tese, abandonar o compromisso de desenvolver IA de forma segura e ética.

Acordo histórico com a Microsoft

O novo formato da OpenAI nasceu de um acordo bilionário com a Microsoft, que redefiniu por completo a relação entre as duas companhias.

Janelas dos sites da Microsoft e da OpenAI em cima de janela do ChatGPT em Mac
Acordo bilionário com a Microsoft redefiniu a relação entre a big tech e a OpenAI, desenvolvedora do ChatGPT (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

A gigante de tecnologia manteve 27% de participação na empresa. Mas abriu mão da exclusividade sobre os serviços de nuvem Azure – que, até então, eram essenciais para o funcionamento do ChatGPT. 

Em contrapartida, a OpenAI se comprometeu a comprar US$ 250 bilhões (R$ 1,4 trilhão) em serviços da parceira até 2032, garantindo a infraestrutura necessária para sustentar o crescimento dos modelos de IA.

O entendimento encerrou anos de tensões sobre controle tecnológico e propriedade intelectual. A mudança também permitiu à OpenAI atrair investidores e simplificar sua estrutura de governança, agora supervisionada pela OpenAI Foundation, entidade sem fins lucrativos que mantém 26% das ações da empresa e poder de veto em decisões estratégicas. 

Para a Microsoft, o resultado foi imediato: suas ações voltaram a ultrapassar a marca de US$ 4 trilhões (R$ 22 trilhões) em valor de mercado, impulsionadas pelo otimismo em torno da nova fase da parceira.

Impasse legal resolvido na Califórnia

Um dos principais entraves para o avanço da OpenAI era jurídico. O governo da Califórnia investigava se a nova estrutura da empresa violava leis estaduais de governança e transparência. 

O impasse foi encerrado após um acordo direto entre Sam Altman e o procurador-geral Rob Bonta, que garantiu à companhia o direito de manter suas operações em São Francisco – desde que adotasse regras rígidas de supervisão

Montagem com imagem do CEO da OpenAI, Sam Altman, olhando para o lado e ilustração de dinheiro sendo arremessado em inteligência artificial (IA)
Acordo eliminou o risco de uma ação judicial e abriu caminho para o IPO da OpenAI (Imagem: Photo Agency e TSViPhoto – Shutterstock)

Entre as exigências estão a criação de um comitê de segurança com poder para barrar novos modelos de IA em caso de risco e a obrigação de comunicar mudanças estratégicas com antecedência mínima de três semanas.

O entendimento também reforçou o papel da OpenAI Foundation, que continuará fiscalizando a empresa e assegurando que o desenvolvimento de suas tecnologias siga princípios éticos. 

O acordo eliminou o risco de uma ação judicial e abriu caminho para o IPO previsto para 2026 ou 2027, o que deve transformar a OpenAI numa das companhias mais valiosas já listadas na história da bolsa americana.

Leia mais:

Expansão trilionária e o projeto Stargate

Com os impasses jurídicos e societários resolvidos, a OpenAI parte agora para um plano de expansão sem precedentes. Altman revelou a intenção de investir US$ 1,4 trilhão (aproximadamente R$ 8 trilhões) em infraestrutura de IA, com a meta de atingir 30 gigawatts de capacidade computacional

Projeto Stargate
No centro da empreitada da OpenAI está o projeto Stargate, parceria bilionária com empresas como Oracle, SoftBank e Nvidia (Imagem: gguy/Shutterstock)

A estratégia inclui adicionar 1 gigawatt por semana. Isso reduziria custos de capital pela metade. E aceleraria o desenvolvimento de modelos mais avançados.

No centro dessa empreitada está o projeto Stargate, parceria de US$ 500 bilhões (R$ 2,8 trilhões) com empresas como Oracle, SoftBank e Nvidia

O objetivo é construir mega data centers capazes de sustentar a próxima geração de IA. Segundo Altman, a OpenAI precisará multiplicar por dez sua receita atual – projetada em US$ 20 bilhões (R$ 108 bilhões) anuais – para sustentar a operação. 

Parte desse dinheiro será revertida para iniciativas da OpenAI Foundation, voltadas à pesquisa médica e ao desenvolvimento de sistemas de IA seguros e resilientes.

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