O vulcão Hayli Gubbi entrou em erupção nesta semana após estar adormecido há milhares de anos. A nuvem de cinzas já cobre grandes áreas em países vizinhos e atinge alturas nas quais aviões intercontinentais voam.
Hayli Gubbi fica na região de encontro entre a placa tectônica Arábica e as placas Núbia e Somali, que compõem a placa Africana. Vale destacar que as placas Somali e Núbia estão se separando conforme o Vale do Rift Africano divide o continente em dois, podendo fazer com que haja a formação de um continente separado a partir da parte da África Oriental. Isso acarreta uma grande atividade vulcânica.
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The moment of the eruption of Hayli Gubbi (the first time in at least 10,000 years) as seen from ground level.
— Evergreen Intel (@vcdgf555.bsky.social) November 23, 2025 at 5:16 PM
Efeitos da erupção
De acordo com o portal IFLScience, deve ter proporções maiores do que o vulcão Dabbahu, também na região e que entrou em erupção em 2005, gerando vários terremotos e sendo responsável por uma fissura de 500 metros de comprimento, com cinzas que deixaram o céu escuro na região por diversos dias.
O Hayli Gubbi é parte da cordilheira Erta Ale, uma região habitada e fica a 15 quilômetros a sudeste do vulcão. Conforme informações do site Volcano Discovery, a população do local é muito pequena.
Vale destacar que foi emitido um alerta pelo Centro de Alerta de Cinzas Vulcânicas em Toulouse, na França, com o pedido para que aviões que sobrevoam a região fiquem atentos, pois as cinzas já atingiram 15 quilômetros (49.000 pés) de altitude.
Here is a hastily constructed animated gif from different NASA satellites showing the progression of the Hayli Gubbi eruption. Note the tall ash plume spreading NE (right) and a lower, light tan ash flow(?) moving NNW. #eruption #volcano
— Dr. Erik Klemetti Gonzalez (@erikklemetti.bsky.social) November 23, 2025 at 3:46 PM
A erupção também gerou a liberação de uma grande nuvem de dióxido de enxofre, uma substância que alguns cientistas acreditam poder ser usada para combater o aquecimento global.
As cinzas mais altas foram levadas para o nordeste por ventos, indo para o Mar Vermelho. Segundo um boletim divulgado pelo vulcanólogo Professor Erik Klemetti Gonzalez, da Universidade Denison, as cinzas em altitudes mais baixas estão indo para o norte-noroeste.
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