A Polícia Federal (PF) realizou nesta quarta-feira (3) uma operação em quatro cidades brasileiras para derrubar uma célula cibercriminosa. O grupo era especializado nos chamados ataques de negação de serviço distribuídos (DDoS, na sigla original em inglês).
Chamada de Power OFF (em relação ao ato de desligar um aparelho eletrônico), a operação envolveu quatro mandados de busca e apreensão nas cidades paulistas de São Paulo e São Caetano do Sul, Rio de Janeiro e Tubarão (SC), além de dois mandados de prisão temporária.
Os detidos podem ser acusados de associação criminosa e “interrupção ou perturbação de serviço” ou de informação de utilidade pública. Outras instituições policiais, legais e acadêmicas também fazem parte do grupo de ação da PF, que contou ainda com a ajuda do FBI.
“Encomendas” de ataques DDoS
Os suspeitos que foram alvo da operação foram tanto os acusados de administrar quanto os de contratar plataformas especializadas nos ataques DDos.
- Os tipos de ataque utilizados incluem booters e stressers — ferramentas capazes de sobrecarregar, reduzir o desempenho ou até mesmo derrubar sites, servidores ou endereços específicos;
- Os responsáveis pelos serviços na nuvem vendiam serviços sob demanda que podiam ser usados para derrubar os sistemas, mesmo que a pessoa não tenha conhecimentos técnicos avançados;
- Alvos conhecidos do grupo incluem servidores da própria PF, além das plataformas públicas SERPRO, DATAPREV e o Centro Integrado de Telemática do Exército Brasileiro, com casos que datam desde 2018;
- O envolvimento do FBI foi necessário porque os servidores ficam hospedados em diversos países e podem ser utilizados por agentes em escala mundial;
Relatórios indicam que o Brasil sofreu mais de 500 mil ataques DDoS só na primeira metade de 2025, sendo um dos alvos mais frequentes em todo o mundo.
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